Secretário de Pezão é alvo de buscas da PF
Henrique Affonso Monnerat é secretário de Governo e seu gabinete no
Palácio Guanabara foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal.
Presidente do TCE-RJ, Aloysio Neves foi
preso e levado para a sede da Polícia Federal.
ADRIANA CRUZ
Rio - Policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão no gabinete do secretário estadual de Governo, Henrique Affonso Monnerat, na quarta-feira, no Palácio Guanabara. A reportagem procurou o governo que informou, à tarde, desconhecer o teor das investigações da Polícia Federal e se colocou à disposição da Justiça para os eventuais esclarecimentos. A ação faz parte da Operação 'Quinto do Ouro', que investiga desvios para favorecer membros da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janerio (Alerj) e do Tribunal de Contas do Estado, órgão responsável por fiscalizar todos os recursos públicos do estado e de 91 municípios. O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), Aloysio Neves, e os conselheiros José Gomes Graciosa, Domingos Brazão, Marco Antônio Alencar e José Maurício Nolasco foram presos na quarta. Além deles, o ex-conselheiro Aluísio Gama de Souza também foi preso.
Ao todo, a PF cumpriu 43 mandados de busca e apreensão, além de bloqueios de bens e valores, expedidos pelo ministro Félix Fischer, do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), no Rio, em Duque de Caxias e em São João de Meriti. O presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), também é alvo de uma condução coercitiva. Ele foi levado para depor na sede da PF por volta de meio-dia. Segundo a assessoria de Picciani, o peemedebista já está em casa e vai falar sobre a ação em sessão na Alerj marcada para Às 15:00hs., desta quinta-feira. Pelo menos 150 policiais federais estão participaram da operação. De acordo com a PF, os conselheiros teriam participado de um esquema de propina em contratos com o estado no período do governo de Sérgio Cabral. O ex-governador do Rio foi preso pela Operação Lava Jato em novembro do ano passado e está no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu.
Domingos Brazão foi preso e levado para a sede da PF.
Por volta das 09:40hs., agentes da Polícia Federal cumpriram mandados de busca e apreensão em todos os gabinetes dos conselheiros do TCE-RJ, menos no da corregedora Mariana Montebello Willeman, que não é alvo da operação. O procurador federal Maurício Gerue deixou o prédio do tribunal, na Praça da República, às 10:15hs. "O processo está sob sigilo. Viemos acompanhar o recolhimento de documentos e verificar as provas que estão sendo colhidas. Para não causar alarde, estamos descaracterizados", explicou.
Operação após delação de Jonas Lopes
Apesar de ser baseada na delação premiada do ex-presidente do TCE-RJ, Jonas Lopes de Carvalho, e de seu filho, o advogado Jonas Lopes Neto, a ação não é um desdobramento da Lava Jato. Assim como adiantou o blog Justiça e Cidadania no último sábado, nos bastidores era dado como certo que o ex-presidente, atualmente licenciado, apontou seis conselheiros e um ex-integrante da Corte como integrantes do esquema de propina, além de prefeitos e megaempresa de prestação de serviço.
Policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão
na Alerj durante a operação Quinto do Ouro nesta quarta-feira.
Atualmente, Jonas e mais 11 pessoas são réus na Justiça Federal por desvios dos cofres públicos avaliados em R$ 224.000.000,00. O tribunal começou a ser exposto a partir da delação de dois ex-executivos da Andrade Gutierrez, Clóvis Renato Primo e Rogério Nora de Sá. Eles contaram que, para garantir a aprovação dos contratos de obras e aditivos no TCE, pagaram propina no valor de 1% do dinheiro repassado à empreiteira. Quando ainda era presidente do TCE, Jonas tinha o poder de paralisar as fiscalizações do corpo instrutivo do órgãos nas obras do Maracanã, Arco Metropolitano, PAC das Favelas e Linha 4 do Metrô. Esses procedimentos, segundo investigação da Polícia Federal, ficaram ‘engavetados’ no gabinete do então presidente. Só no caso do Maracanã eram 22 processos parados no TCE.
Policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão
na Alerj durante a operação Quinto do Ouro nesta quarta-feira.
O DIA chegou a anunciar que o ex-secretário da Casa Civil, Régis Fischner, braço-direito de Sérgio Cabral foi levado coercitivamente à PF. No entanto, informação não estava correta, segundo a assessoria de imprensa de Fischner.
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