quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Bolsonaro se envolve em tumulto com militantes feministas em sessão na Câmara

Representante da OAB pediu condenação do deputado por apologia ao estupro em comissão formada para discutir a violência contra mulheres.


Jair Bolsonaro (PSC-RJ) se envolveu em mais uma polêmica na Câmara, 
em sessão presidida pela rival política, Maria do Rosário (PT-RS).
ESTADÃO CONTEÚDO

Brasília - Uma comissão geral sobre direitos da mulher realizada na manhã de quarta-feira, no plenário da Câmara dos Deputados foi marcada por tumulto e embate entre o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e militantes da causa feminina. O tumulto começou quando militantes defenderam na audiência pública que a Justiça condene quem faz apologia ao estupro e que a Câmara "casse os estupradores que nela estiverem". Um dos discursos mais contundentes foi da vice-presidente da OAB-DF, Daniela Teixeira, que pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue e condene Bolsonaro. O parlamentar é réu no STF por injúria e apologia ao estupro ao dizer que não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RS) porque ela não merecia. A sessão que discute a cultura do estupro e os direitos de mulheres e crianças vem sendo presidida por Maria do Rosário. A petista foi confrontada logo no início dos trabalhos por Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), que questionou o tempo de discurso que seria concedido aos parlamentares. Calmamente, a petista respondeu que depois dos discursos dos convidados, os parlamentares falariam. Entre um discurso e outro, apoiadores de Bolsonaro gritavam seu nome e defendiam o projeto do deputado que prevê a castração química de estupradores. "Defensora do estuprador Champinha", gritava Bolsonaro no plenário para Maria do Rosário.

Entre o grupo que apoiava Bolsonaro no plenário estava Carla Zambelli, do movimento Nas Ruas, uma das defensoras do impeachment que se acorrentou por dias no Salão Verde da Câmara. O auge do tumulto foi quando a representante da OAB lembrou que Bolsonaro era réu no STF. Nervoso, Bolsonaro subiu na mesa dos trabalhos e com dedo em riste exigiu direito de resposta. Maria do Rosário concedeu a palavra ao parlamentar na sequência. Na tribuna, Bolsonaro acusou a Procuradoria Geral da República (PGR) de ter acolhido a "armação" de Maria do Rosário e de ter feito pressão sobre o ministro do STF Luiz Fux para que o processo contra ele fosse aberto. "Essa sessão está sendo um desserviço à mulher vítima de violência", declarou.

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