quarta-feira, 1 de junho de 2016

Mais um suspeito de participação em estupro coletivo é preso

Raphael Assis Duarte Belo, 41 anos, se entregou à polícia.


Lucas Santos, Raí de Souza, Marcelo Correa, Michel da Silva, 
Sérgio Luiz da Silva Junior, Raphael Belo (da esquerda para a direita).
MARLOS BITTENCOURT

Rio - Conforme adiantou carta divulgada em uma rede social, na noite da terça-feira, um dos suspeitos de participar do estupro coletivo de uma jovem de 16 anos em uma favela da Praça Seca, na Zona Oeste, se entregou à polícia, na manhã desta quarta-feira. Foragido da Justiça, Raphael Assis Duarte Belo, de 41 anos, estava escondido na casa de uma tia e foi convencido pelo irmão a se entregar na presença de um advogado. Nesta manhã, ele procurou uma equipe da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV). A polícia não revelou o local onde ele estava. O ex-funcionário da TV Globo, desligado no ano passado, foi levado para a Cidade da Polícia para prestar depoimento. Neste momento, a delegada Christiana Bento, que está a frente do caso, está interrogando o homem. No domingo, dois suspeitos de participação no crime foram presos. Raí de Souza, de 22 anos, se entregou à polícia. Já o jogador de futebol Lucas Perdomo Duarte Santos, de 20, foi detido quando dava entrevista a uma equipe de TV. Eles seriam levados para o presídio Bangu 10, mas terão que prestar novo depoimento.

Três suspeitos ainda estão foragidos da Justiça. Eles são Marcelo Miranda Correa, que teria divulgado as imagens onde a jovem aparece desacordada, Sérgio Luiz da Silva Júnior, o "Da Rússia", apontado como chefe do tráfico do Morro do Barão, Michel Brasil da Silva, também suspeito de divulgar o vídeo, e um sétimo suspeito, cuja identidade ainda não foi revelada oficialmente.

Carta pode mudar rumo do caso
Uma nova versão para o caso do estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos é contada em uma carta divulgada, na noite da terça-feira, numa página do Facebook, denominada "Jacarepaguá Notícias RJ". De acordo com os organizadores da página, o documento seria de Raphael Assis Duarte Belo. Na carta, o autor diz que, após ter a ideia de fazer uma matinê na quadra do Francão, localidade da comunidade São José Operáio, foi ao "Rodo" pedir autorização a traficantes. "Lá você tem que comunicar tudo que faz", diz o texto. "Peguei a moto, o Raí (de Souza, 22 anos - preso há dois dias) subiu na minha garupa, e fomos lá", continua trecho do documento. Esta ida do rapaz ao Rodo teria ocorrido no domingo, 22 de maio, um dia após a jovem ter sido supostamente estuprada.

"Ao chegar em um beco, a direita, estava a casa abandonada, aberta, toda suja, fedendo a fezes, e com uma mulher nua. Um rapaz que estava perto, por apelido Jefinho, não o conheço, falou: 'Tem uma mulher ai que não quer ir embora. Tá desde o dia do baile'. Olhamos e entramos os três, ficamos entre a sala e o quarto. Ela estava deitada, nua, dormindo, muito suja e com os cabelos embolados. Parecia uma cracuda ou mendiga", diz trecho do documento.

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