Transplantes são suspensos e UPAs ficam lotadas neste domingo

Além da escassez de material, médicos, enfermeiros e funcionários terceirizados estão com os salários atrasados.


O DIA

Rio - A situação do Hospital São Francisco de Assis, na Tijuca, é preocupante. A demora no repasse de parte da verba de R$ 297.000.000,00 e da doação de insumos do governo federal para a rede pública do estado fez com que a unidade, que é referência em transplantes de rins, mantivesse o serviço suspenso. No domingo, funcionários e pacientes farão um protesto na porta do hospital para cobrar a reabertura da unidade. Há duas semanas, o hospital está paralisado por falta de dinheiro. O atendimento foi mantido apenas para os 81 pacientes internados na unidade, que é particular, mas faz tratamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Além da escassez de material, médicos, enfermeiros e funcionários terceirizados estão com os salários atrasados. Segundo o diretor-geral, frei Paulo Batista, são necessários R$ 23.000.000,00 para normalizar o funcionamento. “Não temos condições de fazer cirurgia, nem medicamentos”, afirmou. Somente neste ano, o Hospital São Francisco de Assis realizou 227 transplantes de rins e 89 de fígado.

A paciente do hospital Patrícia Pina, de 38 anos, foi submetida a um transplante de rim há quatro meses. Agora está tensa. “Não sei se serei atendida na próxima consulta. Se houver alguma complicação, eu vou para onde?”, pergunta ela, que precisa tomar medicamentos para evitar a rejeição do órgão. “Eu pegava remédios no hospital e agora não tem mais. Corro o risco de perder o rim”, diz, apreensiva. A Secretaria de Saúde informou que os serviços irão retomar o atendimento, conforme disponibilidade de recursos e que não tem intenção de fechar o Centro de Transplantes do Hospital São Francisco de Assis. A crise na saúde também tem superlotado unidades municipais. Em São Gonçalo, os prontos-socorros Central, Alcântara e Infantil tiveram aumento de 60% no número de pacientes. Na Maternidade Luiz Palmier, no mesmo município, a procura cresceu 30%. As UPAs do Colubandê e de Santa Luzia e o Hospital Estadual Alberto Torres enfrentam dificuldade devido à falta de insumos e de pessoal.

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