Ao menos sete pessoas foram vítimas de balas perdidas no Chapadão

No domingo, Natália Alves de Freitas, 31, foi atingida enquanto passava pela Estrada do Camboatá. Tiro saiu pela barriga.


DIEGO VALDEVINO

Rio - Pelo menos sete pessoas morreram vítimas de bala perdida este ano durante confrontos entre traficantes e policiais, na área dos complexos do Chapadão e da Pedreira, em Costa Barros, na Zona Norte do Rio. A mais recente vítima da violência na região, considerada uma das mais perigosas do estado, foi Natália Alves de Freitas, 31 anos, atingida por um tiro nas costas na tarde de domingo. Ela foi baleada na garupa de um mototaxista, enquanto passava pela Estrada do Camboatá. O tiro saiu pela barriga e teria acertado de raspão o motoqueiro.

Natália morreu a caminho do Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes. A assessoria de imprensa da Polícia Militar informou que o Batalhão de Choque esteve nas proximidades da comunidade no sábado e domingo. No primeiro dia não houve troca de tiros, mas no segundo, policiais foram recebidos a tiros na Rua Fernando Lobo. Ainda segundo a nota, não houve informações de feridos em decorrência da ação. De acordo com informações da Delegacia de Homicídios da Capital (DH), um inquérito foi instaurado para apurar as circunstâncias da morte de Natália. A perícia de local foi realizada e o corpo encaminhado para o IML. Testemunhas foram ouvidas e agentes realizam diligencias em busca de imagens de câmeras de segurança da região e informações que ajudem nas investigações.

Natália deve ser sepultada hoje, às 10:30hs., no cemitério de Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte do Rio. “Ela vinha de Guadalupe na garupa de um mototaxista e, ao passar na hora e no local errados, foi baleada. Ela ia para casa, na comunidade Terra Nostra. Era muito querida na região, que está de luto. Antes da Natália ser atingida, vimos vários carros da polícia”, contou uma amiga da vítima, que não quis se identificar.

Tortura e crueldade
Na estatística de mortos na área do Chapadão e Pedreira, há casos de tortura e crueldade por parte dos traficantes, como a morte do soldado da PM Neandro Santos de Oliveira, baleado na Estrada da Alcobaça, em Costa Barros, no dia 21. Ele foi atingido após tentar fugir de um bonde de criminosos. Ao ser identificado como policial, foi torturado e teve o corpo carbonizado. Só nos últimos três meses, outras duas pessoas inocentes morreram vítimas de tiros. São elas: a doméstica Ana Cleide Ferreira, de 41 anos (dia 15 de julho) e o jovem Maique da Silva, 22, que foi baleado no pescoço no último dia 15. Ele estava em um ponto de ônibus. “Só há uma solução para Chapadão e Pedreira: que sejam ocupados permanentemente pela polícia. Talvez o Exército ocupe logo a área”, disse o coronel Paulo Amêndola, especialista em segurança.

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