"Se for necessário, eu vou para a disputa", diz Lula sobre 2018
Jornal do Brasil
Lula também comentou sobre o atual momento econômico: "Ela [Dilma] trabalha com a ideia de que nós vamos ter um 2015 sofrido, como nós estamos tendo, com dificuldades, mas na expectativa de que nós vamos ter um 2016 que comece a melhorar."
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Nesta sexta-feira (28), o ex-presidente Lula afirmou que, se for necessário, irá disputar a presidência em 2018. Lula destacou que nada está definido com relação a isso, e que espera que outras pessoas se candidatem, mas que não descarta entrar na disputa:
"Não sei [se vou ser candidato]. Não posso dizer nem que sou nem que não sou. Sinceramente espero que tenha outras pessoas para serem candidatas. Agora, uma coisa pode ficar certa. Se a oposição pensa que vai ser candidata, que vai ganhar, que não vai ter disputa, que o PT está acabado, pode ficar certo o seguinte: que se for necessário, eu vou para a disputa e vou trabalhar para que a oposição não ganhe as eleições", afirmou em entrevista para uma rádio de Montes Claros (MG).
"A oposição tem que ter paciência neste país. Eu perdi três eleições, voltava para casa. Eu não ficava xingando as pessoas. Eu não ficava falando palavrão. Eu ia para casa me preparar. Como diria o Brizola se estive vivo, eu ia para casa lamber minhas feridas, ou seja, para me preparar para a outra eleição. Foi assim que eu fiz durante 12 anos. A oposição precisa parar de resmungar, tem de parar de xingar a presidenta, ela tem que torcer para que esse país melhore", acrescentou.
Reafirmando o que disse no discurso desta quinta, Lula ressaltou que "ninguém quer mais golpe neste país. Quem quiser ser candidato à Presidência da República que espere 2018, dispute democraticamente e vê se ganha as eleições". O ex-presidente declarou não acreditar na interrupção do mandato da presidente Dilma Rousseff antes de 2018, como quer a oposição.
"Não acredito em impeachment da presidente Dilma. Acredito que as dificuldades que nós estamos passando agora serão vencidas na medida que a economia comece a se recuperar e os programas anunciados pela presidenta Dilma comecem a dar resultado", afirmou.
Lula também comentou sobre o atual momento econômico: "Ela [Dilma] trabalha com a ideia de que nós vamos ter um 2015 sofrido, como nós estamos tendo, com dificuldades, mas na expectativa de que nós vamos ter um 2016 que comece a melhorar."
Com relação às investigações sobre corrupção na Petrobras, Lula disse que não tinha conhecimento dos desvios na estatal. "Eu até gostaria de ter sabido antes. Eu não sabia. A Polícia Federal não sabia. A imprensa não sabia. O Ministério Público não sabia. A direção da Petrobras não sabia. Só se ficou sabendo depois que houve um grampeamento e pegou o tal de Youssef, que já tinha muitas passagens pela polícia, falando com outros caras. Ninguém sabia." O ex-presidente destacou que a Petrobras não pode ser julgada pelos erros de uma minoria de servidores. "A Petrobras tem quase 86 mil trabalhadores. A gente não pode ficar julgando a Petrobras por causa de uma, duas ou dez pessoas que cometeram erros." Lula também falou sobre o PT: "O PT cometeu desvios porque começou a fazer política igual aos outros partidos políticos. O PT era para ser diferente de verdade."
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