Mulher se entrega à polícia e confessa ter assassinado amante do marido
Josiane Avalon alegou que crime teve motivação passional. Homem que escondeu arma deverá responder à Justiça.
Rio Grande do Sul - Menos de uma semana após o assassinato a sangue frio de Pâmela dos Santos Araújo, de 25 anos, a principal suspeita do crime, Josiane Avalon, 32, se entregou na quinta-feira à Polícia Civil, na Delegacia de Homicídios de Pelotas, e confessou ter cometido o homicídio. O assassinato de Pâmela repercutiu nacionalmente no final da semana passada, quando um vídeo de uma câmera de segurança da cidade gaúcha foi divulgado pela investigação policial. Nas imagens, a amante do marido de Josiane aparece descendo do carro em frente à sua residência quando outra mulher, logo identificada como Josiane, surge a seu lado e lhe desfere dois tiros, no pescoço e no braço.
"Ela (Josiane) assumiu que cometeu o crime por motivo passional. Já tínhamos o conhecimento de toda a situação, mas ela estava se escondendo. Só resolveu se apresentar à polícia porque pedimos a prisão preventiva dela", explica ao iG o delegado responsável pela investigação do caso, Félix Rafanhim. "As pessoas na cidade conheciam ela. Na mesma noite do crime já a havíamos identificado." Rafanhim afirmou que, apesar de demonstrar nervosismo, Josiane não falou em arrependimento por ter cometido o crime. Mas confirmou que sabia do envolvimento do marido com Pâmela já há algum tempo, e vinha investindo a possibilidade de pegar os dois em flagrante. "Só que ela não conseguiu pegá-los no ato. Então resolveu fazer o que fez", diz o delegado. Além de Josiane, uma outra pessoa que aparece no vídeo será investigada por um crime — mas não pelo homicídio de Pâmela, cuja participação de terceiros está descartada —, já que um homem que retirou do local do assassinato a arma usada no homicídio.
A Polícia Civil tem agora dez dias para encerrar o inquérito do caso, período no qual o marido de Josiane, cujo nome não foi divulgado, também deverá ser ouvido. Por ora, a mulher permanece em prisão preventiva, medida cautelar que pode ser derrubada por meio de decisão judicial.
"Mas como não tem antecedentes criminais, e seu problema era apenas com a falecida, não me surpreenderá se daqui a alguns dias ela estiver solta", resume o delegado.
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