Morte de 65 pessoas pelo terror em três países alarma o mundo

Ataques foram em praia da Tunísia, empresa na França e mesquita no Kuwait.


O DIA

Túnis, Lyon e Cidade do Kuwait -  Atentados terroristas cometidos em três países, de três continentes diferentes, fizeram o mundo acender alerta vermelho na sexta-feira. Pelo menos 65 pessoas morreram e centenas ficam feridas em ataques na Tunísia, na França e no Kuwait. Na praia de Sousse, uma espécie de ‘Copacabana’ tunisiana, homens da organização Estado Islâmico (EI) atiraram com fuzis em direção a turistas, matando pelo menos 39 e ferindo outros 36. Entre os mortos estão britânicos, alemães e belgas. No ataque em Lyon, França, um trabalhador foi decapitado. E numa mesquita no Kuwait, 25 fiéis que oravam foram vítimas fatais de uma explosão. 

Os governos de ao menos quatro países — França, Espanha, Itália e Estados Unidos — tinham elevado ontem à noite os níveis de alerta contra o terrorismo. Na quinta-feira, o EI convocara seus seguidores a aumentarem ataques durante o Ramadã, mês sagrado muçulmano, tendo como alvo cristãos e xiitas, além de muçulmanos sunitas que lutam ao lado da coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o grupo extremista. O massacre na Tunísia, assumido pelo EI, foi perto de dois hotéis no balneário que fica a 150 km da capital, Túnis. O Ministério do Interior informou que as forças de segurança mataram um dos terroristas, enquanto o outro foi preso após tentar fugir. Segundo agentes de segurança, um dos homens chegou na praia com um fuzil sob um guarda-chuva e abriu fogo. De lá, entrou no Hotel Marhaba, atirando contra hóspedes na piscina. 


A França iniciou investigação antiterror, após um corpo ser encontrado decapitado e pelo menos duas pessoas ficarem feridas no ataque contra usina de gás industrial perto da cidade de Lyon. Houve várias explosões, causadas por botijões de gás, na multinacional Air Products. Até o fim da noite, nenhum organização terrorista assumira o crime. Quatro pessoas foram detidas, entre elas homem identificado como Yacinne Sali. Uma fonte próxima à investigação disse à Agência Reuters que Sali e seu chefe teriam ido juntos de carro à fábrica fazer entrega. O agressor teria matado e decapitado o seu superior, antes de jogar o veículo contra botijões de gás. 


A cabeça da vítima foi pendurada numa cerca. O corpo, com inscrições em árabe, foi achado ao lado de bandeira islâmica. “A intenção não deixa dúvidas: era provocar uma explosão. O ataque é de natureza terrorista”, afirmou com contundência o presidente francês, François Hollande. O EI reivindicou o atentado que matou ao menos 25 pessoas durante oração na mesquita xiita al-Iman al-Sadeq, uma das maiores da capital do Kuwait. Um homem-bomba se explodiu no meio de duas mil pessoas dentro do templo. Segundo as equipes de socorro, além dos mortos, 202 pessoas ficaram feridas. Esta foi a primeira ação contra uma mesquita no país, onde sunitas e xiitas vivem lado a lado aparentemente sem maiores atritos.

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