Em meio à polêmica de Romário, parlamentares adiam votação da MP do Futebol

Nova reunião foi agendada para esta quinta-feira (25/6).


Amanda Martimon

A primeira tentativa de votar o relatório sobre a MP do Futebol falhou. Senadores e deputados da comissão mista começaram o debate, no fim da tarde da quarta-feira (24/6), mas interromperam o encontro. A continuação da reunião está marcada para esta quinta-feira (25/6), às 09:00hs.

Dessa vez, a reunião até estava cheia - antes quatro encontros para leitura do documento foram adiados por falta de quórum -, mas com votação aberta no Plenário da Câmara, a chamada ordem do dia, os deputados suspenderam a votação da MP 671/15, conhecida como a MP do Futebol, que trata da renegociação das dívidas dos clubes. Antes, o senador Romário (PSB-RJ) adiantou o seu voto com polêmica. Ele questionou quais seriam os itens referentes à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Insatisfeito com a resposta e considerando que não há deveres e punições adequados para a entidade, o ex-jogador falou que votará contra a MP do Futebol e voltou a fazer duras críticas.

"Aqui tem um monte de representante da CBF, ninguém pode responder por ela? Vão continuar comandando nosso futebol da cadeia?", questionou, se referindo a deputados da comissão, que também são membros da entidade.

Adjetivos como "ladrão", "corrupto" e "safado" também foram usados, quando o senador citou o ex-presidente da CBF José Maria Marin e o atual, Marco Polo Del Nero. Em seguida, o ex-jogador deixou a reunião, que foi adiada de qualquer maneira. Presidentes do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, e do Atlético-PR, Mário Celso Petraglia, acompanharam a reunião, além de representantes de diversos clubes, como Cruzeiro e Coritiba. Representando os atletas, pelo movimento Bom Senso FC, o pentacampeão Gilberto Silva também acompanhou a reunião e lamentou o adiamento.

"É frustrante. Há dois anos estamos vindo a Brasília falando de mudanças para melhorar nosso futebol. E a votação foi adiada, talvez até de maneira orquestrada", cogitou. O jogador, afastado dos gramados por lesão, cobrou mais ação dos parlamentares: "Qualquer um pode falar em mudança, mas temos de fazer. Por que não fazem? Hoje é como tomar um gol contra".

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