Picciani descarta candidatura de Cabral à Prefeitura do Rio

Presidente do PMDB e da Alerj defende o nome de Eduardo Paes à sucessão de Pezão.


LEANDRO RESENDE E NONATO VIEGAS

Rio - Apontado por dez entre dez peemedebistas como único virtual candidato do PMDB à Prefeitura do Rio sem qualquer tipo de rejeição partidária em 2016, o ex-governador Sérgio Cabral passou a ser considerado carta fora do baralho para disputa municipal. Cabral também não é apontado como possibilidade para concorrer pelo partido nas eleições para o governo do estado, segundo o presidente do PMDB no Rio, Jorge Picciani. Ele prega, entretanto, a unidade da legenda e o nome do prefeito Eduardo Paes para concorrer ao Palácio Guanabara, em 2018.


Na avaliação de Picciani, que recebeu nesta quinta-feira  O DIA em seu gabinete na Alerj, Cabral atua hoje como a principal liderança política interna do partido, e jamais manifestou o desejo de concorrer à prefeitura em 2016. Ele também descartou qualquer envolvimento de Cabral em um possível movimento para liderar uma rediscussão sobre os royalties do petróleo. “Ele não coloca mais tanta gente na rua”, declarou, em referência às manifestações de rua organizadas pelo ex-governador ao longo de 2010 e 2012.


O nome do postulante do PMDB para o lugar de Eduardo Paes ainda segue indefinido entre o deputado federal Leonardo Picciani, filho do chefe do partido no estado, e o ‘primeiro-ministro’ do prefeito, o secretário-executivo Pedro Paulo Carvalho. Isto não quer dizer, contudo, que os dois aguardam parados, sem articular possíveis apoios. Pedro Paulo, por exemplo, já conseguiu a promessa de ter ao seu lado o PT, via o presidente regional da legenda, Washington Quaquá. Até o ex-presidente Lula, num encontro com o prefeito do Rio, aceitou ser fotografado, apontando para o secretário de Paes, como se fosse ele seu indicado.

Para interlocutores de Picciani, o presidente regional do PMDB é pragmático para não entrar numa briga contra o preferido de Eduardo Paes na disputa pelo Executivo municipal. Garantem que o escolhido será aquele que melhor estiver posicionado nas pesquisas. O mesmo pragmatismo é revelado por Picciani quando o assunto é a disputa pela Presidência da República, em 2018. Para ele, Paes é o nome mais indicado para manter o predomínio do partido no Estado do Rio. O prefeito é visto internamente como o candidato natural para substituir o governador Luiz Fernando Pezão, que não mais poderá concorrer à reeleição. Entretanto, o deputado não descarta que Eduardo Paes dê voos mais altos, como encabeçar uma chapa presidenciável.

Nesta conjuntura, que, para Jorge Picciani, “seria uma maravilha”, ele mesmo poderia, no lugar de Paes, concorrer ao governo do estado. No encontro com O DIA , em tom de brincadeira, repetiu a frase três vezes: “Se Paes disputar a Presidência, eu concorro ao governo.”

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