Cestas de Natal de funcionários do Degase ficam no meio do caminho

Elas chegaram a ser enviadas. Mas, sem pagamento, nem foram entregues.


CHRISTINA NASCIMENTO

Rio - Não foram apenas os policiais militares e bombeiros que ficaram sem as tradicionais cestas de Natal. Os 2,5 mil funcionários do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase) também passaram a noite de Natal sem o kit para ceia. O curioso é que o órgão chegou a fazer a licitação para escolher a empresa que faria o fornecimento dos alimentos. A homologação do resultado foi publicado no último dia 12, no Diário Oficial. O problema é que o órgão não teve dinheiro para pagar a despesa, que é de R$ 887 mil. Com isso, as cestas chegaram a ser enviadas para o Degase, mas não foram entregues, porque não houve pagamento. Mas a notícia pior é que, ao contrário do que aconteceu com os policiais militares, que vão receber R$ 100, em folha suplementar, nos próximos dias, não há previsão, por enquanto, de pagamento de bônus no salário dos funcionários do Degase para tentar amenizar a falta das cestas natalinas. No caso dos bombeiros, foi dado aos militares um vale no valor de R$ 120.

O Degase, por nota, disse que este ano foi dada “prioridade para o investimento em melhorias estruturais para os adolescentes em conflito com a lei que cumprem medidas socioeducativas”. Em outro trecho da nota, o órgão disse que “os funcionários do departamento passaram a receber benefícios em 2013, como os auxílios transporte e alimentação” e que “houve também o realinhamento conceitual, onde foi investido na estruturação do quadro de pessoal”. O órgão, no entanto, não mencionou se as cestas em algum momento vão chegar para os servidores. Na próxima semana, mais 90 servidores tomarão posse. Cada cesta tinha 21 itens: chester, tender defumado sem osso, ameixa seca, amêndoas, azeite de oliva, azeitona preta e verde, bacalhau, biscoito tipo champanhe , caixa de bombons, creme de leite, leite condensado, leite de coco, maionese, nozes, panetone, passa seca, pêssego em calda, salaminho fatiado.

Na página do Facebook do Sindicato dos Servidores do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Sind Degase), há postagens dos funcionários insatisfeitos com a falta de justificativa do órgão sobre a não entrega do kit e também de críticas porque não haveria cobrança da entidade. “Lamentável. Descaso total. Se teve ano passado porque não teve este ano? Má vontade? De quem?” escreveu um servidor.

Comandante da PM se desculpa 
O comandante-geral da Polícia Militar, Íbis Silva, disse que se empenhou para que a falta de cestas de Natal da corporação não ocorresse. Num vídeo publicado na página da internet da PM, o oficial, que faz um balanço de 2014, pede desculpas e alega que não teve tempo, nem verba, para contornar o problema a tempo.

“Fiz um esforço muito grande para que o Natal da família azul fosse um pouco mais rico, fosse um pouco mais alegre. Mas eu não tive tempo, eu não tive orçamento para proporcionar a cesta de Natal que eu gostaria que meus policiais e seus familiares e dependentes tivessem. Eu peço desculpas por isso. Nós tentamos. Eu não tenho dúvidas que nos próximos meses o esforço deste período vai florescer”, disse, no vídeo.

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