Pezão estuda pôr tropa de elite da PM na Segurança

Beltrame deve ser substituído por Roberto Sá, hoje subsecretário de Planejamento.


FLAVIO ARAÚJO

Rio - Para substituir o secretário de Segurança José Mariano Beltrame, desgastado com as crises na pasta que comanda há quase oito anos, o governador Luiz Fernando Pezão pretende convocar a Tropa de Elite da PM. Para ficar à frente da pasta mais complexa do governo, o primeiro nome da lista é o do subscretário de Planejamento e Integração Operacional, Roberto Sá, ex-tenente coronel instrutor do Bope e atualmente delegado da Polícia Federal (PF). Outro “caveira” assumiria o comando geral da PM: o coronel Alberto Pinheiro Neto foi comandante do Bope e é o atual chefe de segurança da Rede Globo. Ele voltaria à ativa para estancar a “sangria” que a corporação vem sofrendo com denúncias de corrupção. Sá, além de estar no cargo desde o início do governo Cabral e ser o substituto natural de Beltrame, participou da criação das UPPs, do sistema de premiação por resultados, da implementação das divisões de homicídios nos moldes atuais e outras ações da pasta. A favor dele pesa ainda ser natural de Barra do Piraí, cidade da mesma região do estado do governador Pezão. 

Beltrame ainda não decidiu se afastar da secretaria. O governador quer que ele prossiga no cargo pelo menos até a Olimpíada. Interlocutores do secretário garantem que ele não iria para outro posto na administração estadual. Mesmo sendo uma das vontades da mulher de Beltrame, Rita Paes, a chance dele virar secretário de Assistência Social é quase nula. “Se for para ficar no estado, fica onde está”, garante um membro da secretaria próximo a Beltrame. A mesma fonte antecipa que o secretário pode ir para o governo federal. No início do governo de Dilma Rousseff, Beltrame foi convidado para ser secretário Nacional de Segurança Pública. Atualmente, ele tem bom trânsito com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. 

Pinheiro Neto já foi cotado para ser comandante geral da PM na crise aberta com o assassinato da juíza Patrícia Acioli em 2011 e que culminou no pedido de demissão do então comandante, o coronel Mario Sérgio Duarte. Na ocasião, por ter apenas 45 anos de idade, Pinheiro Neto foi considerado ainda muito jovem para assumir e deu vez ao coronel Erir Ribeiro, que já tinha 54 anos de idade. 


Beltrame está prestes a se aposentar como delegado da Polícia Federal (PF). Ele e a família pretendem ficar no Rio, mas um convite para integrar o segundo governo Dilma seria bem recebido, já que setores da PF ficaram descontentes com ele por críticas à política de policiamento das fronteiras do país. Para Beltrame, a entrada de armas e drogas pela fronteira seca é um dos principais alvos que deveriam ser visados para melhorar a segurança nas grandes cidades do Brasil, entre elas, o Rio de Janeiro. A opinião gerou polêmica e inimizades a Beltrame na PF há cerca de quatro anos.

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