segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Crivella é acusado de favorecer empresa do filho

Reportagem de ‘Veja’ revela que ex-ministro da Pesca teria usado o cargo para facilitar entrada de empresário americano no Brasil.


O DIA

Rio - Não bastasse a tarefa de rebater acusações e dar explicações sobre seus atos, nesta campanha eleitoral os dois candidatos que disputam o governo do estado são obrigados também a defender os filhos. Reportagem publicada sábado no site “Veja On Line” levanta suspeitas sobre o patrimônio da família do candidato Marcelo Crivella (PRB). Há duas semanas, o alvo foi o enteado do candidato do PMDB. Segundo a última matéria, o filho do candidato do PRB, Marcelo Hodge Crivella, preside a rede de escolas Seven, adquirida por um grupo dos Estados Unidos. A publicação mostra documentos em que Crivella, ainda como ministro da Pesca, teria usado seu cargo para facilitar a entrada de um empresário americano no Brasil, que veio ao país fazer negócios com seu herdeiro, mas só teria visto de turista. Ao ser questionado sobre a reportagem, Crivella negou as acusações e disse que a matéria foi comprada pela “riqueza do PMDB” e afirmou ainda que irá processar a revista. “Isso é coisa de quem está desesperado, de quem sabe que vai perder,” disse.

Crivella tem patrimônio declarado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de R$ 793 mil. Apesar disso, a família teria como patrimônio dois imóveis na Flórida, Estados Unidos, segundo informa o site de ‘Veja’. O filho de Crivella é formado em psicologia e por algum tempo trabalhou na área de licenciamento de marcas da emissora Record, controlada pelo Bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus e tio do candidato do PRB. Ele ingressou na empresa Seven há três anos.

Em setembro, o mesmo site revelou que o advogado Roberto Horta, enteado do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, tem como clientes alguns dos concessionários públicos estaduais. O escritório de advocacia no qual trabalha tem como especialidade as causas trabalhistas e uma das empresas atendidas é a construtora Delta, do empresário Fernando Cavendish. Também a Light consta da carteira do escritório e responderia por 54% do faturamento, que chega a R$ 1 milhão. 

A reportagem da revista apontava ainda conexões do enteado de Pezão com empresas que mantinham negócios com o Município de Piraí, no Sul Fluminense. Ali, o candidato do PMDB foi prefeito de 2000 a 2004. Uma delas seria a JRO Pavimentação Ltda., que fez muitos trabalhos na região.  Por várias vezes, Pezão defendeu o enteado. “Ele é um profissional bem-sucedido, mesmo. A OAB não tem nenhum código, nenhuma lei que o proíba de prestar serviços que não sejam em ação contra o etado”, disse, quando questionado sobre o trabalho de Roberto Horta. “São ações trabalhistas e não tem nenhuma contra o governo do estado."

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