Quadrilha montou farsa para se livrar de corpo de grávida em Niterói após aborto

Acusada de liderar bando, Ligia Maria Silva dormiu com a vítima na mesma cama após aplicar injeção com abortivo. Feto foi expelido pela manhã e jogado no lixo.


ATHOS MOURA

Rio - Acusada de realizar o aborto que matou Elizângela Barbosa, de 32 anos, Ligia Maria Silva, apontada como a líder da quadrilha, e Rildo José Medeiros dos Anjos, enfermeiro e agenciador da quadrilha, foram presos na noite da segunda-feira. Seguem foragidos a filha biológica e um filho adotivo de Ligia, identificados como Sheila Cristina Silva Teixeira, 37 anos, e Wagner Silva, de 27 anos. Wagner forjou a interceptação de um bando armado e o socorro à Elizângela na noite de domingo na Estrada de Ititioca, em Niterói, segundo a Divisão de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI). Assustado com a gravidade da situação, Wagner disse que criou a farsa de que um bando o havia interceptado na Estrada de Ititioca e o obrigado a levá-la para o hospital. Ela chegou morta ao Hospital Estadual Azevedo Lima. De acordo com o delegado da especializada,  Adilson Palácio, Ligia — que se apresentou na delegacia com o seu advogado — confessou que injetou um medicamento em Elizângela para o procedimento de aborto.

Segundo depoimento, Elizângela chegou à casa no sábado, quando à noite Ligia injetou um medicamento na gestante e esperou fazer efeito dormindo na mesma cama com a vítima. O feto foi expelido no domingo pela manhã e jogado no lixo. Durante a tarde, ela começou a ter muito sangramento e os criminosos se desesperaram. No laudo do IML, foram detectadas perfurações no útero e no intestino da vítima, mas Ligia negou outros procedimentos além da injeção. Rildo, que é auxiliar de enfermagem, era o responsável também por agenciar as grávidas interessadas em realizar aborto. Ele foi preso em Maricá, Região Metropolitana. Ele confessou que há seis meses já havia indicado a esposa de um vizinho para fazer aborto no local. Além dos dois presos, participaram do aborto de Elizângela os filhos de Ligia, que disse ter começado a praticar o ato ilegal há 20 anos, quando realizou o seu próprio aborto.

Ligia e Rildo foram indiciados por homicídio doloso e formação de quadrilha. O delegado está negociando com os advogados a rendição de Wagner e Sheila, mas equipes também realizam buscas para localizá-los. 

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