Klinsmann e Löw se encontram em jogo que o empate vale para Alemanha e EUA

Equipes buscam classificação no Grupo G em Recife.


RICARDO NAPOLITANO Pernambuco - O destino prega peças e o aguardado reencontro dos amigos Jürgen Klinsmann, técnico dos EUA, e Joachim Löw, da Alemanha, ganhou ares polêmicos e um olhar desconfiado do mundo da bola. Em campo nesta quinta, às 13h, na Arena Pernambuco, suas seleções precisam de apenas um empate para avançarem juntas, de mãos dadas, para a próxima fase. Ambos, entretanto, deram uma pausa na relação e descartam literalmente o ‘jogo de compadres’. Joaquim Löw foi auxiliar-técnico de Klinsmann na Copa de 2006 e assumiu o comando da Alemanha após o amigo deixar o cargo e tem hoje a missão de não repetir um dos maiores vexames da história do futebol. Em 1982, no Mundial da Espanha, os alemães enfrentaram a Áustria e marcaram um gol aos dez minutos. O placar de 1 a 0 bastou para que os dois times só tocassem a bola até o apito final, classificando ambos e eliminando a Argélia. 

“O que aconteceu no passado não significa mais nada para esta seleção e não é um tema para mim e Klinsmann. A gente vai entrar em campo para vencer o outro”, garantiu Löw, que acrescentou: “Acredito que nós dois podemos nos libertar disso. Somos amigos e isso não vai ser afetado. Nós dois somos ambiciosos e não há pacto de compadres. Entramos em campo para assumir riscos, ganhar e não ficar de conchavos.” Mesmo cercado de desconfiança, o momento é especial para Klinsmann. Comandante da seleção americana desde 2011, ele não esqueceu suas raízes. Mas, mesmo sendo ídolo no futebol alemão, o ex-atacante deixou clara a sua vontade de triunfar e fazer história com a antes improvável classificação no Grupo G. “É especial, pois situações como essa não se repetem na carreira. Jogar contra o time que defendi anteriormente e podendo classificar. Não somos a zebra, mas a Alemanha passa a ser a nossa maior barreira. Todo mundo quer um jogo como esse e vamos entrar com tudo. Vamos ser agressivos. Curto estar nos EUA, como curti na Alemanha, mas faz parte do trabalho. Minha família é que vai estar dividida”, completou Klinsmann, que brincou ao falar sobre o amigo: “Na Copa é cada um por si e até desligamos os telefones, mas tudo voltará ao normal daqui a três semanas.” 

FBI ‘assiste’ a treino dos americanos 
Com óculos escuros, vestindo terno e gravata e armados, quatro agentes do FBI, que prestam serviço de inteligência à delegação dos EUA, acompanharam bem atentos o treino de reconhecimento do gramado, neste quarta, na Arena Pernambuco. Posicionados estrategicamente e se comunicando a todo momento por rádio, eles viram os jogadores fazer apenas trabalhos físicos antes de voltarem para o hotel onde estão concentrados. 


Muito perto de garantir a vaga para a próxima fase, o volante Beckerman comemorou o fato de o futebol enfim ter caído nas graças dos americanos. As transmissões das partidas da seleção têm batido recordes de audiência no país. “A Copa do Mundo cria isso nas pessoas. O futebol virou uma febre e todos estão na torcida”, afirmou o jogador. Alemanha estreia camisa rubro-negra 

Para cair de vez no gosto do brasileiro — pelo menos para uma grande parte — a Alemanha enfim vestirá o seu uniforme rubro-negro. Inspirada no Flamengo, a camisa foi muito bem aceita no país e é um dos recordes de venda nesta Copa do Mundo. Vale lembrar que em Pernambuco o Sport também é rubro-negro e recebe seus uniformes da mesma empresa de materiais esportivos. Por isso, a expectativa de apoio é enorme. Se fora de campo tudo está pronto para os alemães fazerem bonito, dentro dele o técncio Joachim Löw pela primeira vez faz mistério. A dúvida é entre Khedira e Schweinsteiger, que pode finalmente ser titular, no meio de campo. “A equipe está definida e todos podem jogar. Já tomei a decisão de como vai ser o time, mas não quero falar mais nada”, disse o técnico.

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