É jogo duro! Histórico favorável não tranquiliza Brasil diante do Chile

Jogadores descartam vantagem na escrita contra rival das oitavas de final.


JULIA FARIAS E VITOR MACHADO Rio - No inconsciente coletivo brasileiro, enfrentar o Chile nas oitavas de final traz conforto e otimismo, enquanto a Copa no Brasil e a possibilidade de um cruzamento nas quartas com o Uruguai provocam arrepios. Mesmo para quem não comemorou as vitórias sobre a La Roja e tampouco chorou o Maracanazo. Mas, no divã da Seleção, a ordem é limpar a memória de alegrias e traumas. Mente sã e corpo são para esquecer o passado e viver o presente, ciente de que pode não haver amanhã. O Brasil já enfrentou o Chile 69 vezes na história. Foram 48 vitórias, 14 empates e apenas sete derrotas. Desde 2000 — 13 jogos — que a Seleção não perde para o rival. Em Copas do Mundo, o aproveitamento, em três confrontos, é de 100%. O retrospecto é capaz de fazer o torcedor sonhar, mesmo contra um adversário que já tirava o sono de Luiz Felipe Scolari antes de o Mundial. Luiz Gustavo, porém, alerta à necessidade de estar acordado para não ser surpreendido. 

  “Muitas dessas coisas eu não vivi. Não costumo pensar no que passou, mas no que vou vou enfrentar. O que passou, passou. É uma nova história, novos personagens. Tudo é possível”, disse o volante, que dá de bico no rótulo de adversário dos sonhos que o passado possa sugerir colar nos chilenos: “Acredito que na fase de mata-mata não importa adversário. Todas as equipes têm muita qualidade. Precisamos nos concentrar somente em nós, procurar o que tem que ser feito, porque só assim estaremos preparados para o adversário que vamos enfrentar.” 

 Em Copas, o Brasil venceu o Chile na semifinal, em 1962, na casa do adversário, por 4 a 2, e nas oitavas de 1998 e 2010 — 4 a 1 e 3 a 0. Se confirmar o favoritismo, o time de Felipão pega, nas quartas, Colômbia ou Uruguai. Se o fantasma de 1950 ronda a Seleção, Willian dribla a assombração e não pensa no futuro. 

 “Temos que pensar primeiro no Chile, passo a passo, não pensar no passado, pensar no presente e no que se está vivendo. Primeiro no Chile, e, depois, se tiver que vir o Uruguai, vamos pensar no Uruguai”, afirmou o meia, que emendou: “Temos que esquecer o passado e pensar no presente. Muitas pessoas têm essa lembrança de quando o Brasil perdeu, a pressão sempre será grande, mas nós procuramos ter tranquilidade e trazer pressão para o lado positivo. Entrar em campo e fazer o melhor, dar alegria ao torcedor brasileiro. Isso que a gente espera fazer até o final da Copa.”


Oitenta vezes Daniel Alves na Seleção 
Contestado pelo desempenho abaixo da expectativa nos três primeiros jogos da Copa, Daniel Alves tem motivação extra para reencontrar seu bom futebol. Quarto lateral que mais defendeu a Seleção na história, o camisa 2 fará, sábado, a sua 80ª partida com a Amarelinha. À sua frente estão os campeões mundiais Cafu (1994 e 2002), com 145 jogos; Djalma Santos, (1958 e 1962), com 112; e Jorginho, (1994), com 90. Em 79 jogos, Daniel Alves marcou seis gols e fez 13 assistências. Além disso, essa será a quinta vez que o lateral vai jogar contra o Chile, o adversário que ele mais enfrentou. O inimigo íntimo de Felipão Luiz Felipe Scolari assumiu a Seleção pela primeira vez em 2001. Desde então, já esteve diante do Chile em três ocasiões — duas vitórias e um empate. No sábado, a La Roja se tornará o adversário que ele mais enfrentou no comando do Brasil. O primeiro encontro de Felipão com o Chile foi na Copa América de 2001, na Colômbia. Somando as duas passagens pela Seleção, o treinador tem 51 jogos — 37 vitórias, seis empates e oito derrotas. Em Mundiais, são dez jogos — nove vitórias e um empate.

http://odia.ig.com.br/

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mal silencioso: Veja 10 mandamentos para enfrentar a hipertensão

29 de janeiro de 1975: O assassinato do Bandido Lúcio Flávio