PM escala ‘time’ de 450 para reforçar pacificação na Copa do Mundo

Áreas de UPPs com fluxo de turistas receberão mais policiamento para evitar conflitos.


ATHOS MOURA E CHRISTINA NASCIMENTO 

Rio - Por causa da Copa e do aumento do número de turistas na cidade, as 38 Unidades de Polícia Pacificadora vão ganhar reforço de policiamento a partir de segunda-feira. Serão 450 homens a mais por dia. A prioridade são as UPPs de Santa Teresa, Cidade de Deus, Tijuca, Mangueira, Complexo de São Carlos e Zona Sul. A UPP da Barreira do Vasco também terá um efetivo maior, devido aos treinamentos das seleções da Argentina e de Portugal no Estádio São Januário. 




Além disso, haverá apoio extra na unidade do Caju nos dias de Football for Hope Festival, evento da Fifa que vai ocorrer na Vila Olímpica Mané Garrincha. “Priorizamos pontos de fluxo maior de pessoas, turistas internos e de fora do país. São policiais que já atuam na UPP que farão o reforço. Para isso, suspendemos férias e licenças e mudamos as escalas”, afirmou o comandante das UPPs, Frederico Caldas. Com a alteração, a média de policiais em todas as áreas pacificadas vai passar de 2,5 mil por dia para cerca de 3 mil. No restante da cidade, a situação não será diferente. Em dias de partidas, até oito mil homens serão empregados no policiamento, quatro vezes a quantidade dos dias normais. Deste efetivo, três mil militares estarão deslocados para atuar no entorno do Maracanã, no Fifa Fan Fest e em outros locais com concentração de torcedores. 




Os batalhões que receberão reforço serão os da Zona Sul, Barra, Centro, Tijuca e Ilha do Governador. Para fazer um cerco de segurança, a corporação terá uma estrutura de suporte com helicópteros, quadriciclos, lanchas, cavalos, bicicletas e cães. Segundo o comandante do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe), tenente-coronel João Fiorentini, a segurança no interior do Maracanã será feita pela Fifa, e os policiais militares só atuarão caso esses agentes não consigam solucionar prováveis problemas. 


O Gepe também pode acompanhar torcedores de outros países até o estádio, para que não ocorra confusões. Segundo o coronel, com exceção da Inglaterra, todos os demais países aceitaram o convite da Polícia Militar para conversar sobre um intercâmbio de informações, para manter a tranquilidade das torcidas nos estádios. Uma das maiores preocupações da polícia são os torcedores argentinos, que estarão no Rio de Janeiro para o primeiro jogo. “A torcida da Argentina terá uma atenção especial por conta da rivalidade com o Brasil. Já estamos acostumados a recebê-los por conta dos jogos das competições sul-americanas”, disse o comandante do Gepe. PM já tem lista dos brigões das torcidas organizadas Os torcedores violentos serão monitorados nos jogos que vão ocorrer no Maracanã. 




De acordo com o coronel da Polícia Militar Djalma Beltrami, as equipes de segurança que vão atuar nas partidas do Rio já possuem as fotos e os nomes dos brigões de torcidas organizadas. A listagem foi montada a partir de informações adquiridas pelo Gepe com polícias de outros estados. “A segurança dentro dos estádios está garantida”, afirmou o oficial, que atua no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). Os torcedores terão, inclusive, seus deslocamentos monitorados, segundo a Polícia Militar. A experiência é semelhante ao que aconteceu na Europa. Na Copa de 2006, na Alemanha, os brigões foram incluídos em banco de dados e seu acesso aos estádios, proibido. O foco lá, no entanto, eram os  ‘hooligans’.

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