quinta-feira, 17 de abril de 2014

Cofres se abrem para a Olimpíada; mas com professores e garis, o jogo é duro


Jornal do Brasil

O prefeito Eduardo Paes anunciou na quarta-feira (16) qual será o custo da Olimpíada de 2016. Serão R$ 36,7 bilhões, sendo R$ 21,4 bilhões de recursos privados e R$ 15,2 bilhões de recursos públicos. Para um evento esporádico, momentâneo, e cujos legados são questionados por especialistas, os cofres públicos se abrem com incrível facilidade. Por outro lado, para dar aumento aos professores, aos garis e a médicos, por exemplo, a prefeitura fecha as portas, nega diálogo e até põe a polícia contra trabalhadores.


Foi assim com os professores da rede municipal, que enfrentaram os cassetetes e viram um projeto de lei ser aprovado a portas fechadas, na Câmara de Vereadores, sem que suas reivindicações fossem ouvidas.


Foi assim com os garis, cuja greve no carnaval foi minimizada por Eduardo Paes até que as montanhas de lixo na cidade falassem por si, mostrando que não se tratava de um movimento de uma minoria, como ele insistia em afirmar. Paes garantia que não havia dinheiro para dar o reajuste mas, diante da pressão - inclusive da sociedade, que apoiava as reivindicações dos garis - voltou atrás e, milagrosamente, o dinheiro apareceu.


Mas para a Olimpíada, que durará algumas semanas, R$ 15,2 bilhões são facilmente distribuídos, sem que haja garantias de um legado realmente significativo para o carioca.

http://www.jb.com.br/

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