Jovem morre poucas horas após ocupação no Complexo da Maré

Adolescente de 15 anos foi baleado com um tiro na boca em provável guerra de facções.


O DIA

Rio - Uma provável guerra de facções entre as comunidades da Baixa do Sapateiro e de Nova Holanda, no Complexo da Maré, na tarde deste domingo, deixou um adolescente de 15 anos morto. Segundo informações, os jovens estariam jogando pedras uns nos outros, quando começou o tiroteio. A vítima foi encaminhada para a UPA Vila do João e faleceu no local. No Hospital Federal de Bonsucesso, dois adolescentes deram entrada com ferimentos. O jovem de 16 anos levou um tiro nas costas, e o de 13, foi baleado na face.

'É um dia histórico', afirma governador Sérgio Cabral
O governador Sérgio Cabral falou na manhã deste domingo sobre a retomada do controle da região do Complexo da Maré pelo Estado. Ele classificou como "histórica" a operação realizada pelas Forças de Segurança. “Foi essa a dimensão que eu dei no agradecimento à presidenta Dilma e também ao prefeito Eduardo Paes", disse o governador, numa rápida coletiva com a imprensa, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). "Antes a entrada da polícia era sinônimo de guerra. Agora será de paz", afirmou.


Ele também comentou a parceria entre o governo estadual e federal para a ocupação. "Acabei de agradecer a colaboração da presidenta Dilma. Como nesses últimos três meses fomos intimidados pelo poder paralelo, tentando enfraquecer nossa política de UPPs, demonstramos a capacidade do estado em agir", disse Cabral. "Solicitamos com a presidenta Dilma uma agenda de emergência na madrugada de sexta-feira (após ataques a várias bases das UPPs, no dia 20). A partir daí, as forças de seguranças montaram um plano com muita eficiência", completou. O governador também falou sobre a participação da prefeitura do Rio na operação. "Conversei com o prefeito Eduardo Paes e a prefeitura já mantém uma série de serviços por lá e ele me garantiu que outros serviços entrarão na comunidade".

Forças de Segurança ocupam o Complexo da Maré
O Complexo da Maré já está sob o controle do Comando de Operações Especiais da Polícia Militar na manhã deste domingo. As forças policiais não encontraram resistência para ocupar as comunidades e a operação em pontos planejados durou 15 minutos, de acordo com a Secretaria de Segurança do Governo do Rio. A partir de agora são realizadas operações de buscas de criminosos e apreensões de armas, drogas e objetos roubados. A Polícia Civil também tem um mandado de busca e apreensão e se necessário irá entrar em residências.


A ocupação do Complexo da Maré conta com 1.180 policiais militares das seguintes unidades: Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), Batalhão de Ações com Cães (BAC), Batalhão de Vias Especiais (BPVE), Grupamento Aeromóvel (GAM), 22º BPM (Maré), além de policiais da Corregedoria Interna da Polícia Militar. A operação foi apoiada pela Marinha. Tropas do Bope e do Batalhão de Polícia de Choque foram transportadas por 250 fuzileiros navais. Os policiais militares usarão 14 blindados disponibilizados pela Marinha e um blindado do Batalhão de Polícia de Choque. Agentes do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal e do Núcleo de Operações Especiais da Polícia Rodoviária Federal apoiam a operação. Além disso, três aeronaves do Grupamento Aeromóvel (GAM) e uma da Polícia Civil dão apoio à ocupação.

'Segurança veio para ficar'
O Secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, gravou um vídeo deixando uma mensagem para os moradores do Complexo da Maré, na manhã deste domingo. Beltrame reforça que o Estado é o protagonista da operação e que nos próximos dias as Forças Armadas ocuparão o local até a instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). "Essa é uma mensagem de segurança permanente, segurança que veio para ficar", disse secretário em vídeo.


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