Comércio cobra ação da polícia contra os radicais

Críticas à falta de medidas eficazes contra quebra-quebra crescem no meio empresarial.


ALESSANDRO LO-BIANCO E FRANCISCO EDSON ALVES

Rio - Representantes de entidades comerciais e da rede hoteleira decidiram se unir para cobrar ação mais eficaz da polícia contra atos de vandalismo durante manifestações no Rio. Na próxima segunda-feira, comerciantes e hoteleiros vão se reunir na sede da Associação Comercial para avaliar prejuízos e formalizar documento que deverá ser endereçado à Secretaria de Segurança Pública. Como o DIA mostrou ontem com exclusividade, comerciantes e moradores de Laranjeiras e do Cosme Velho articulam a contratação de segurança privada para proteger seus patrimônios.

“Por causa da insegurança, o Rio está se transformando na cidade dos tapumes. É preciso um policiamento mais ostensivo”, argumentou o presidente da Associação Comercial do Rio, Antenor Barros Leal. A prefeitura calcula que já gastou R$ 4 milhões para reparar equipamentos públicos depredados desde que as manifestações começaram, há cerca de três meses. A Secretaria de Segurança informou que o policiamento das ruas deve ser tratado diretamente com a Polícia Militar, que, por sua vez, não quis comentar a propalada omissão diante das depredações. A Polícia Civil informou que a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) está monitorando na internet ações de grupos radicais, mas o conteúdo das investigações é segredo de Justiça. Sessenta pessoas já foram presas em protestos, mas apenas quatro continuam detidas: Rodrigues dos Santos, indiciado por furto qualificado; Alex Sandro Caetano, por roubo; Rafael Vieira, por porte de bomba caseira; e Alexandro da Conceição, por formação de quadrilha e furto. Ontem, Aristídes Souza Jr. foi indiciado por danos a uma viatura da PM em junho. O Ministério Público informou que denunciou em julho dois jovens por vandalismo e depredação e que outras investigações estão em curso.

Agência teve 123 vidros quebrados
Sobre a intenção dos comerciantes em contratar segurança privada, a Secretaria de Segurança informou que o caso deve ser tratado com a Polícia Militar que, por sua vez, não quis comentar o assunto. Ontem, estabelecimentos continuavam tendo fachadas sendo consertadas em Laranjeiras e no Cosme Velho. Só uma agência do Bradesco teve 123 vidros quebrados.

“Aqui não quebraram nada, mas tivemos prejuízo de R$ 1 mil. Ficamos uma hora e meia com as portas fechadas”, lamentou Sílvio do Carmo, gerente do Restaurante Varandas. Prevenidos, alguns lojistas instalaram tapumes para impedir depredações, como a galeria de artes Alphaville, na Rua Pinheiro Machado.

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