Sobe para 68 o número de presos em ação de combate à corrupção no Rio
"Quem não tem condição de cortar na própria carne, não irá aumentar sua legitimidade", diz Beltrame.
Ao visitar Corregedoria, Beltrame falou sobre combate à corrupção
Jornal do Brasil
Chega a 68 o número de presos durante operação deflagrada no Rio de Janeiro na manhã de terça-feira (30) para combater a corrupção junto às polícias militar e civil. Os pedidos de prisão foram feitos pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) após investigação. A Justiça concedeu mandados de prisão preventiva para 78 pessoas, sendo: 53 policiais militares e 6 policiais civis, envolvidas na cobrança de propina de camelôs e mototaxistas irregulares nos bairros de Bangu, na Zona Oeste, e Honório Gurgel, no subúrbio do Rio. Os mandados estão sendo cumpridos na manhã desta terça-feira (30).
Quem não tem condição de cortar na própria carne, não irá aumentar sua legitimidade dentro da população
A operação foi realizada em parceria com a Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro (SESEG). Os denunciados são acusados dos crimes de formação de quadrilha, concussão e roubo. Também estão sendo cumpridos mandados busca e apreensão. O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, esteve na sede da Corregedoria da Polícia Militar, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, que tanto a polícia civil quanto a militar não devem ter medo de enfrentar a corrupção:
"Quem não tem condição de cortar na própria carne, não irá aumentar sua legitimidade dentro da população", disse o secretário sobre a megaoperação.
Segundo as investigações, os réus exigiam de camelôs e mototaxistas, por meio de ameaças com armas, determinadas quantias de dinheiro: os comerciantes que trabalhavam com mercadorias “pirateadas” (DVDs, aparelhos eletrônicos, telefones celulares, roupas e relógios usados) eram coagidos a pagar R$ 70, divididos em duas parcelas de R$ 35 cobradas todas as quartas e quintas-feiras; já dos vendedores de mercadorias lícitas era cobrada a quantia de R$ 5, sempre às sextas e sábados. Além disso, mercadorias apreendidas de forma irregular eram revendidas a outros feirantes.
Atuando de forma organizada, com funções determinadas e escala hierárquica, a quadrilha dividia os lucros por policiais militares dos 9º e 14º BPMs (Rocha Miranda e Bangu, respectivamente,) policiais civis da 34ª DP (Bangu) e da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), além dos comerciantes e mototaxistas coniventes com o esquema.
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