Pedra do Sal perde em infraestrutura: clientes criticam sujeira

POR CONSTANÇA REZENDE

Rio -  As rodas de samba na Pedra do Sal, no bairro da Saúde, se firmaram como opção da noite carioca nas segundas e sextas-feiras. Porém, em relação à estrutura para receber o público crescente, o bairro perde o tom.

Latas, garrafas e outros materiais descartáveis são deixados na ruas devido ao pequeno número de lixeiras | Foto: Alexandre Vieira / agência O Dia

As poucas lixeiras, apenas três banheiros químicos para cerca de 200 pessoas que frequentam o local diariamente, o cheiro forte de urina e as latinhas de cerveja, garrafas de vidro e copos de plástico espalhados pelo chão atravessam o samba e degradam um dos mais belos cenários do Rio Antigo, tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural. Por volta da meia-noite da sexta-feira passada, o lixo já se acumulava no local, que fica nas proximidades do Largo de São Francisco da Prainha. Nenhum responsável pela limpeza da concessionária Porto Novo tinha ainda aparecido para limpar a área.

BUSCA DE SOLUÇÃO
Muitos frequentadores se queixaram que são poucos os recipientes para jogar lixo. Muitas vezes o material usado vai direto para o chão. O cozinheiro Belini de Souza, que vende caldos de ervilha, mocotó e feijão e diz faturar até R$ 600 por noite no local, leva sua própria lixeira para os clientes não jogarem os pratos descartáveis e restos de comida no chão.

“Chego a usar até três sacos grandes cheios. O pessoal da limpeza só chega por volta das 2h”, relatou. A ambulante Isabel Moreira afirmou que não culpa os frequentadores por jogarem lixo no local. Ela comenta que há necessidade mais lixeiras nas ruas.

Raiane critica a infraestrutura: 'Não há condições de atender tanta gente' | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia

Funcionárias de bar limpam parte da rua
Dona do Bar Budega do Sal, Irene dos Santos Nascimento reclamou da sujeira que fica acumulada em frente ao seu bar. “Tenho que pedir às meninas que trabalham aqui para limparem o trecho da rua em frente ao bar. Não posso esperar o pessoal da limpeza passar”, disse. Ela conta que se reuniu com ambulantes para pedir colaboração, mas não conseguiram resolver a situação, mas não conseguimos. “Até moradores reclamam da sujeira na porta de casa. O recolhimento de detritos não dá vazão”.

Banheiros não são suficientes
A falta de banheiros químicos é alvo de reclamações principalmente entre as mulheres. A consultora de vendas Cristiane Ramos, 26 anos, disse que teve que ficar na fila por quase 20 minutos. Sua amiga Raiane Alves, 23, criticou a infraestrutura: “Não há condições para atender a tanta gente”. Para a técnica de ótica Bianca Soares, seriam necessários pelo menos mais dez banheiros para dar vazão ao público.

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