Zito pode ficar inelegível por descaso com coleta de lixo em Duque de Caxias
O ex-prefeito José Camilo Zito dos Santos pode ficar inelegível a pedido do Ministério Público: acusação de descaso com o dinheiro público na questão do lixo em Caxias Foto: Roberto Moreyra / Agência O Globo
Bruno Cunha
O descaso com a falta de coleta de lixo em Duque de Caxias agora é que não está cheirando bem para o ex-prefeito José Camilo Zito dos Santos (PP). É que o Ministério Público (MP) entrou com uma ação civil pública contra o político por improbidade administrativa. O irmão, Waldir Camilo Zito dos Santos, que era secretário de Obras e Urbanismo, e a Infornova Ambiental, que, na época, chamava-se Locantty, também são acusados na mesma ação do MP.
Um dos motivos da ação é a desobediência à decisão liminar da 6 Vara Cível de Caxias, determinando a retomada do serviço sob pena de multa diária de R$ 234,2 mil, o equivalente a um dia de pagamento do contrato com a empresa de coleta de lixo. Pesa ainda a falta de pagamento da prefeitura à Locantty, sem apresentação de justificativas. Ao paralisar o serviço público por isso, a empresa cometeu um ato ilegal, alegou o MP.
A Promotoria lembra ainda que os acusados foram intimados no dia 17 de dezembro e, mesmo assim, não voltaram a recolher o lixo.
— Foi uma gestão desastrosa (a do ex-prefeito). E deixou o município em estado de calamidade — disse o promotor André Luiz Farias.
Zito alegou que vai aguardar a notificação oficial para se pronunciar. Mas lembrou que a nova administração assumiu e ainda não resolveu o problema do lixo. Se condenado, Zito pode perder seus direitos políticos.
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