Tragedia do Palace II faz 15 anos
Jornal do Brasil
22 de fevereiro de 1998: O desabamento do Palace 2
22/02/2013 - Enviado por: Lucyanne Mano
4 de março de 1998 – PPB expulsa o deputado Sérgio Naya
04/03/2010 - Enviado por: Alice Melo
Na madrugada de 22 de fevereiro de 1998, o Rio de Janeiro viu um dos atos criminosos mais graves de sua história. O desabamento do Palace II causou a morte de oito pessoas e 120 famílias ficaram sem moradia. A Construtora Sersan, do então deputado federal Sergio Naya, atribuiu o desabamento a uma possível sobrecarga ocasionada por algum proprietário que em seu apartamento estivesse realizando obras fora das especificações. A nota da empresa revoltou os donos dos 44 apartamentos destruídos.
Uma semana depois, o juiz Jessé Torres, da 2ª Vara da Fazenda Pública decidiu pela implosão. E no dia 28 de fevereiro de 1998, bastaram cinco segundos e 25 quilos de dinamite para derrubar os 110 apartamento que restavam do edifício, transformando sonhos em pó e escombros.
Desde a tragédia, as famílias dos 120 apartamentos ocupados – do total de 176 – do prédio receberam, no máximo, 40% das indenizações devidas pela construtora Sersan, de acordo com Eduardo Lutz, um dos advogados que representa a associação. Segundo ele, cerca de 10% não receberam um tostão nesse tempo todo.
Veja o blog Hoje na História:
22 de fevereiro de 1998: O desabamento do Palace 2
22/02/2013 - Enviado por: Lucyanne Mano
"O prédio de 176 apartamentos levou junto, além de oito pessoas, o sonho da casa própria e a história de vida de dezenas de famílias de classe média, cujos mais simples referenciais jazem hoje sob as toneladas de concreto podre e outros materiais de baixa qualidade usados na construção". Jornal do Brasil.
Uma coluna de 22 andares de um prédio de apartamentos desabou durante a madrugada no Condomínio Palace da Barra da Tijuca, matando oito pessoas e deixando 150 famílias desabrigadas. A tragédias poderia ter sido pior, não fosse a atitude do Coronel Bombeiro Marcos Silva, que saiu durante a madrugada, batendo nos apartamentos e avisando os vizinhos para descerem de suas casas. No dia seguinte, diante dos escombros, moradores relembravam o desespero para fugir de suas casas. O desabamento deixou muita gente desamparada, mas indignação e revolta eram os sentimentos mais latentes.
A Construtora Sersan, do então deputado federal Sergio Naya, atribuiu o desabamento a uma possível sobrecarga ocasionada por algum proprietário que em seu apartamento estivesse realizando obras fora das especificações. A nota da empresa revoltou os donos dos 44 apartamentos destruídos.
Uma semana depois, o juiz Jessé Torres, da 2ª Vara da Fazenda Pública decidiu pela implosão. E no dia 28 de fevereiro de 1998, bastaram cinco segundos e 25 quilos de dinamite para derrubar os 110 apartamento que restavam do edifício, transformando sonhos em pó e escombros.
4 de março de 1998 – PPB expulsa o deputado Sérgio Naya
04/03/2010 - Enviado por: Alice Melo
A Executiva Nacional do PPB se reuniu no dia 4 para expulsar do partido o deputado federal Sérgio Naya (MG) por falta de ética partidária e de decoro parlamentar. Com a expulsão, Naya ficou impedido de tentar se candidatar às eleições de outubro do mesmo ano, por ter ficado sem partido após o término do período de filiação partidária. Os motivos da expulsão foram os mesmos que, no dia anterior, levaram a Câmara dos Deputados a iniciar o processo de cassação do mandato do parlamentar. As declarações de Naya, nas quais o deputado admitia ter falsificado a assinatura do governador de Minas Gerais e ter comprado material de segunda para suas construções (incluindo a obra do edifício Palace II, que tinha desabado em fevereiro do mesmo ano), mostradas em um programa de televisão, foram a gota d’água para a expulsão do deputado.
“A situação de Naya é insustentável e irreversível”, anunciou o então líder do PPB na Câmara, o deputado Odelmo Leão (MG).
No dia em que foi expulso do partido, Naya e suas empresas de construção (Sersan e Matersan) estavam envolvidos em 187 ações judiciais, entre cíveis e criminais. A maior parte dos processos tratava-se de empresas ou pessoas que fizeram negócios com o deputado e tiveram que recorrer à Justiça para receber seus pagamentos. Nas duas páginas da defesa contra o início do processo de cassação de seu mandato que enviou à Câmara, o deputado lamentou estar “sendo vítima de um linchamento público em consequência de um lamentável acidente” – referindo-se ao desabamento do Palace II.
No dia 22 de fevereiro o edifício Palace II – um prédio residencial construído por uma das empresas de Sérgio Naya na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro – desabou deixando oito pessoas mortas e 150 famílias desabrigadas. A Sersean, construtora responsável pela obra, foi acusada pelo Ministério Público de ter usado material de baixa qualidade na construção do edifício para superfaturar a obra. Naya, que confessou tudo em uma reunião filmada em segredo, foi expulso do partido e teve o seu mandato cassado semanas após iniciado o processo na Câmara. O deputado passou 167 dias na prisão pelas denúncias de ter sido o responsável pelo desabamento do Palace II, mas foi absolvido em 2005 sob a alegação de que ele não foi o engenheiro responsável pela obra. O processo de indenização das famílias do caso Palace II se desenrola até hoje, mesmo após a morte do ex-deputado (em 2009).
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