Avós maternos são suspeitos de sumir com neta de 5 anos

Pais moram em Minas e oferecem R$ 5 mil por informação sobre o paradeiro da menina. Avó é comerciante em Niterói e São Gonçalo.

Parentes espalham e distribuem cartazes em Niterói e São Gonçalo com informações e fotografias da menina e dos avós suspeitos do sumiço | Foto: Divulgação

POR FRANCISCO EDSON ALVES

Rio -  O sumiço de uma menina de 5 anos, supostamente levada pelos próprios avós maternos, que moram em Niterói, está desesperando os pais e mobilizando a polícia e a Justiça. Segundo a família, Anna Júlia Moreira Franco foi levada pela comerciante Márcia Barroso Pessanha Franco, de 59 anos, da casa dos pais, em Juiz de Fora (MG), em julho. Pâmela Pessanha Franco, de 29 anos, filha de Márcia, e o marido, o comerciante Vagner Moreira Araújo, de 34, pai da menina, dizem não ter tido mais notícias de Anna Júlia. Eles oferecem recompensa de R$ 5 mil por informações do paradeiro dela.

Márcia e o marido, Vitor Frasson Franco, estão sendo acusados de sequestro, induzimento à fuga, entrega arbitrária ou sonegação de incapaz e desobediência à decisão judicial.“Estamos desesperados. Ela (Márcia) tem obsessão por Anna Júlia, diz que é mãe, e não avó da menina”, afirmou Pâmela.

Na ocasião do sequestro, o juiz Jerônimo da Silveira Kalife, da Vara da Infância, Juventude e do Idoso de Niterói, expediu mandado de busca e apreensão de Anna Júlia. O mesmo já havia sido feito pela juíza Maria Cecília Gollner Stephan, da Vara da Infância e da Juventude de Juiz de Fora. O caso foi registrado como sequestro ou cárcere privado na 79ª DP (Jurujuba), em Niterói, conforme o Registro de Ocorrência 01407/12. Márcia e Vitor — donos de loja de produtos para noivas no bairro São Francisco, em Niterói, onde moram, e de salão de festas no bairro Mutuá, em São Gonçalo —, não retornaram as ligações feitas pelo DIA ontem para falar sobre o assunto.

Irmãozinho de 3 anos sofre com saudade de Anna Júlia
Em certidão anexada ao registro da 79ª DP, uma oficial de Justiça de Niterói ressalta que conseguiu manter apenas contato telefônico no dia 18 de julho com Márcia Barroso Peçanha Franco. Ela teria alegado que estava em Cabo Frio, na Região dos Lagos. Sem fornecer o endereço, ela teria dito que não devolveria a neta aos pais. “Não vou devolvê-la. Se quiser, chame a polícia”, relatou a oficial no documento. O advogado Roberto Vitagliano, contratado por Pâmela e Vagner, disse que, além dos pais, o irmão mais novo de Anna Júlia, Gabriel, 3 anos, "também está sofrendo".

“Minha cliente está deprimida com a situação absurda, e o menino tem ajuda psicológica por causa da saudade da irmã”, comentou Vitagliano, ressaltando que Anna estaria fora da escola e isolada da convivência com outras pessoas.

"Calúnias" e corpo de delito
Os pais de Anna Júlia também tentam obter pistas da menina pela internet. “Ajudem a encontrar nossa filha, desaparecida desde o dia 13 de julho de 2012 !”, postou Pâmela no Facebook, com a reprodução do panfleto onde coloca a foto dos pais, apontados como os sequestradores. Vagner, por sua vez, alega que, desde o nascimento da filha, a sogra começou a perseguí-lo com "calúnias".

“Minha filha teve que fazer três exames de corpo de delito, porque ela (Márcia) me acusou na polícia de ter violentado sexualmente Anna Júlia e tê-la submetido a maus-tratos. Todos os exames deram negativos, e um legista chegou a dizer que ela estava ficando traumatizada com tantos exames”, contou, lembrando que Márcia, em 2010, chegou a obter a guarda da neta, mas a ordem judicial só durou 25 dias.

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Comentários

  1. Bom dia Senhor, GERSON DE ARAÚJO ALMEIDA , meu nome é Márcia Barroso Pessanha Franco , avó da menor da foto peço ao senhor que retire essa postagem do seu jornal mural , por não ter havido na época nenhum sequestro de minha neta , eu fui a Juiz de fora com uma "LIMINAR " para obtenção de guarda dos meus netos.
    Ocorre que o meu ex- genro o VAGNER ARAÚJO, pai de minha neta ele fez estes panfletos, para distribuir em Niterói e São Gonçalo, para me caluniar e para que a população ficasse contra nós , todavia eu de posse de LIMINAR , não cometi nenhum sequestro o que fiz foi proteger meus netos porque a mãe não tinha forças e também era ameaçada de morte pelo marido.

    Nos órgãos públicos o que era investigado foi um "DESOBEDIÊNCIA A ORDEM JUDICIAL" , que também foi arquivada por ser fato
    ( ATÍPICO) ,NOS OS AVÓS NÃO FOMOS INTIMADOS PARA ENTREGA DE NOSSA NETA, quando caiu a LIMINAR, porque estávamos morando em outro local, por termos sido ameaçado de morte pelo meu ex- genro, o pai de minha neta, por te-lo denunciado na Vara da Infância e Juventude de JF/MG por vários crimes contra a família.
    OCORRE QUE MEU EX- GENRRO ELE É UM CRIMINOSO INVESTIGADO NA ÉOPOCA PELA POLÍCIA FEDERAL E AINDA HOJE ELE RESPONDE POR VÁRIOS CRIMES INCLUSIVE TENTATIVA DE HOMICÍDIO Á ESPOSA , MINHA FILHA MÃE DA ANNA, E CUNHADA .
    Portanto peço ao Senhor que retire essa reportagem caluniosa sobre a minha pessoa, sob pena de responder na forma da lei por propalar calúnia, difamação de pessoa idosa, com mais de 70 anos de idade.

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