Extintores de incêndio de boate podem ser falsos, afirma delegado

Rio -  Testemunhas contaram à Polícia Civil que os extintores de incêndio falharam na tentativa de apagar as chamas na Boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, na tragédia ocorrida no domingo. Por causa das evidências, o delegado regional Marcelo Arigony acredita que o equipamento pode ser falsificado.

Incêndio atingiu boate durante a madrugada | Foto: Deivid Dutra / Jornal A Razão / Agência O Dia

O incêndio na casa de shows deixou 234 pessoas mortas na madrugada de domingo. A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul informou, na noite desta segunda-feira, que 129 vítimas seguem internadas: 76 em estado grave e 53 em observação.

“Segundo provas preliminares, os extintores podem ser falsos, pois não estavam funcionando, não funcionavam direito”, contou Arigony, durante entrevista coletiva nesta terça-feira. O delegado disse ainda que a banda Gurizada Fandangueira usou um sinalizador mais barato, que não poderia ser usado em local fechado, durante o show na boate Kiss. A polícia investiga a hipótese de que o equipamento teria provocado o incêndio que deixou 234 mortos na madrugada de domingo. Durante depoimento, os integrantes da banda admitiram o uso do sinalizador. Eles teriam, inclusive, usado o mesmo modelo de sinalizador em outras apresentações. O vocalista da banda, Marcelo Santos, admitiu que segurou um sinalizador aceso durante a apresentação. Apesar disso, Santos não acredita que esta tenha sido a causa do incêndio.

O delegado afirmou que a previsão é de que mais de mil pessoas sejam ouvidas para esclarecer os detalhes e determinar os responsáveis pela tragédia na Boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Arigony explicou que tudo indica que o local funcionava irregularmente.

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