Comunidades pacificadas do Rio ganham sete xerifes

POR Vania Cunha

Rio -  Está agora nas mãos de sete ‘xerifes’ a missão de coordenar as ações das 30 Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs), mapear as incidências de crimes nessas regiões e, consequentemente, dos remanescentes do tráfico nas comunidades ocupadas.

Coronel Paulo Henrique e tentente-coronel Rocha, sub comandante das UPPs, terminarão escolhas neste mês | Foto: Fernando Souza / Agência O Dia

O projeto de Comandos de Áreas Pacificadoras (CAP) foi criado para que tenentes-coronéis escolhidos a dedo pelo comandante das UPPs, coronel Paulo Henrique Azevedo de Moraes, dividam com ele a coordenação de sete áreas da cidade que agrupam as unidades. Quatro oficiais assumiram o cargo terça-feira e os outros três serão nomeados até o fim de fevereiro. A escolha de tenentes-coronéis para os postos de coordenadores não foi por acaso. A eles estarão diretamente subordinados os comandantes das unidades. Os oficiais vão, entre outras atividades, organizar os efetivos de sua região, planejar as ações de cada UPP e identificar seus problemas.

“É um efetivo grande, precisamos dessa divisão para ganhar em qualidade e aprimorar o trabalho de polícia de proximidade. Eles terão palestras com os comandantes das UPPs para conhecer as necessidades de cada uma ”, afirmou o coronel Paulo Henrique.

O perfil dos escolhidos é o mesmo. Todos já estiveram à frente de batalhões da Região Metropolitana e Baixada Fluminense, ostentando no currículo atividades operacionais. As quatro áreas que já têm seus coordenadores são: Leopoldina (tenente-coronel Marcelo Malheiros), Centro (tenente-coronel Marcos Lima), Tijuca (tenente-coronel Eduardo) e Zona Sul (tenente-coronel Lousada).

Incluída região ainda não pacificada
No planejamento dos Comandos de Áreas Pacificadoras já está incluída uma região onde ainda nem há UPPs. Chamada de Brasil, a área vai abranger comunidades cortadas pela via expressa de mesmo nome, uma região considerada estratégica para a Segurança Pública, sobretudo por conta dos grandes eventos que a cidade vai sediar. Algumas da área Brasil deverão ser ocupadas até o ano que vem, como Ramos e o Complexo da Maré. Na área Norte, o mesmo ocorre com Lins e Chapadão.

AS ÁREAS E SUA ABRANGÊNCIA
LEOPOLDINA
Comunidades do Complexo do Alemão: Fazendinha, Nova Brasília, Adeus / Baiana, Alemão.
Comunidades do Complexo da Penha: Chatuba, Fé / Sereno, Parque Proletário e Vila Cruzeiro.
ZONA NORTE
Comunidades: Mangueira, São João, Jacarezinho, Manguinhos, Chapadão e Complexo do Lins
CENTRO
Comunidades: Turano, Fallet / Fogueteiro, Morro da Coroa, Prazeres / Escondidinho, São Carlos e Providência.
ZONA SUL
Rocinha, Vidigal, Pavão-Pavãozinho / Cantagalo, Tabajaras, Chapéu Mangueira e Santa Marta.
ZONA OESTE
Comunidades: Cidade de Deus e Batan
TIJUCA
Comunidades: Salgueiro, Formiga, Andaraí , Borel e Morro dos Macacos.
BRASIL
Bairros e comunidades ainda sem UPPs, mas já incluídas no projeto: Complexo da Maré, Ilha do Governador, Caju, Ramos, Vigário Geral e Parada Lucas.

http://odia.ig.com.br

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mal silencioso: Veja 10 mandamentos para enfrentar a hipertensão

29 de janeiro de 1975: O assassinato do Bandido Lúcio Flávio