Mobilização contra o fim de escola no Maracanã

Em destaque, a Escola Municipal Friedenreich, que fica espremida entre o Maracanã e o Maracanãzinho | Foto: Reprodução Internet

Pais e alunos fazem abaixo-assinado para evitar a derrubada da 4ª melhor unidade de ensino do Rio e 10ª do Brasil. Prefeitura não definiu destino de 350 alunos e professores.

Rio -  Inconformados com a decisão do estado de demolir a Escola Municipal Friedenreich, no Maracanã, pais e alunos se mobilizam. Na internet, o movimento Meu Rio, liderado por universitários, convoca a população a assinar uma petição contra a derrubada a ser entregue ao secretário da Casa Civil, Régis Fichtner, em audiência sobre as obras do Complexo do Maracanã no próximo dia 8. A prefeitura admite que não sabe o destino de estudantes e professores da unidade, 4ª melhor do Rio e 10ª no país no ranking do Ideb, o principal índice que mede a qualidade do ensino básico no Brasil.


“Estamos ajudando para mostrar que os pais não estão sozinhos. A sociedade está engajada”, diz Daniela Orofino, 19 anos, uma das líderes do Meu Rio. A aluna Beatriz Ehlers, 11 anos, foi uma das primeiras a deixar seu depoimento na rede.

“Aprendi tudo aqui. Lá os alunos respeitam os professores. Somos uma família”, explicou a menina. Pai de Beatriz e presidente do Conselho de Pais e Alunos, Carlos Ehlers promete que não vai desistir sem lutar: “Vamos estar lá na audiência para pressionar o estado a manter a escola de pé”.

A diretora da unidade, Sandra Russomano, no cargo há 26 anos, foi pega de surpresa pela notícia da demolição e diz que não foi informada oficialmente. Segundo ela, não há plano para realocar os profissionais e as 350 crianças que estudam lá, da Educação Infantil até o 5º ano do Ensino Fundamental. No site da Secretaria Municipal de Educação, ainda é possível escolher a unidade na hora de efetuar a matrícula para o ano que vem. “Nós estamos aguardando uma posição oficial”, declarou a diretora, Sandra Russomano.

Destaque no Ideb e modelo de inclusão
Com nota 7,6 no Ideb 2011, ultrapassando a meta para 2021 (7,2), a unidade é modelo de inclusão. Mãe de aluno, Thaissa Rothier lamenta a demolição. “Meu filho tem doença rara e dificuldade de locomoção e fala. Aqui ele aprendeu a ler e escrever e fez amigos”, conta ela, que transferiu o filho, de 11 anos, de escola particular para a Friedenreich. Em nota, a Casa Civil informou que não há data para as obras e “os alunos podem ficar tranquilos quanto a ter todas as suas aulas”.

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