Algumas pessoas são tão pobres, que não tem nada além do dinheiro.

Do Blog da Adriana



Comecei a semana falando das rosas e de sorrisos, duas coisas que gosto muito e valorizo. Quisera as coisas boas e simples assim, pudessem se sobrepor a outras tantas que me irritam e me tiram do sério. É incrível como existem pessoas pobres de espírito. Totalmente desprovidas de sensibilidade e diria até mesmo de amor! Amor ao próximo e a si próprio!

Ultimamente tenho feito questionamentos quanto às “pessoas” que acham o materialismo, coisa primordial em suas vidas, e consequentemente, na vida dos outros. Para mim, nada mais que incoerência e até burrice mesmo! Que me desculpem aqueles que com certeza dirão, e se não disserem, pensarão, “eu que sei o quanto ralei para ter o que tenho!”. Mas é daí? Todos ralam para buscar ter algo a mais, para ter ao menos uma vida digna. E sei que todos merecem sim ter o melhor na vida. Mas, não que isso tenha que se tornar o centro de tudo e por isso, também acharmos que porque temos mais que os outros, sejamos melhores, ou que todos os que se aproximam de nós, o façam somente pelo que temos de material. Ridículo!

Pergunto então! Será que vale a pena buscar ter tudo no que diz respeito ao lado material, e tronar-se prisioneiro de um mundo em que te afasta e te priva de vivenciar as coisas simples da vida, às quais nos proporcionam prazeres muito mais saudáveis e duradouros que os prazeres momentâneos que o dinheiro pode oferecer? 

Sim! Pois, até onde pude conhecer, observar e até vivenciar, os “prisioneiros” desse mundo materialista, insistem em abrir a boca para dizer que são felizes, que adoram aproveitar o melhor da vida. Mas, e o que seria então o melhor da vida para eles? Muitos chegam ao final de um dia cansado e corrido, e não tem sequer, alguém para conversar. Não tem com quem partilhar seus momentos mais importantes, muito menos desabafar. Será mesmo que isso é aproveitar o melhor da vida?

Sábado mesmo, conversando com um amigo, ele justamente me dizia estar cansado de “aproveitar” a vida e ao chegar em casa, no final de dia cansativo de trabalho, ou muitas vezes na madrugada, depois dos prazeres momentâneos, olhar para o lado e perceber que vive somente enganando-se. Vive na verdade uma utopia. Pois, aos “amigos”, afirma veementemente que é feliz por ter o dinheiro que tem, ser solteiro, e poder fazer tudo o que gosta e deseja. Porém, quando percebe-se sozinho em casa, aí enxerga o quanto é solitário e até infeliz. E questiona-se... “Do que adianta ter todo o dinheiro do mundo, se me tornei escravo dele?” Eu perguntei-lhe o porquê disso, e simplesmente me respondeu que não acredita que as pessoas se aproximam dele pelo que é, e sim, pelo que tem. E pior! Julga as pessoas pelo modo de se vestirem! Complicado! Ainda mais sendo eu, contra esse tipo de comportamento diante da vida e com relação ao ter, que para mim não é o mais importante. O ouvi, expus meus pensamentos quanto ao que acho de tudo isso, e no final, somente disse-lhe que infelizmente sentia pena. O que poderia dizer? Passar a mão na cabeça é que não passaria. O bom é que como temos liberdade de irmãos, sei que posso ser franca dessa maneira e até prefiro, pois assim, sei que não deixo de ser eu mesma, para agradar a ninguém. E o que me deixou mais irritada, é saber que nada poderei fazer, pois, só quem pode modificar isso tudo é ele próprio. Não tenho como mudar seus pensamentos e muito menos suas atitudes. Só cabe a ele querer realmente mudar e buscar decidir o futuro que deseja ter.
Fica aqui, minha indignação e uma reflexão...

O TER PRECISA MESMO SE SOBREPOR À FELICIDADE DO SER COMO PESSOA?


Adriana Marques
Manaus - AM - Brasil
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