Operário que teve vergalhão atravessado na cabeça será reavaliado

Operário teve a cabeça perfurada por um vergalhão | Foto: Severino Silva / Agência O Dia

Eduardo voltou para casa e reviu os dois filhos. Médicos consideram caso milagre. Ele terá que voltar ao hospital em 15 dias.

POR Diogo Dias

Rio -  O operário Eduardo Leite da Costa, 24 anos, que teve o crânio atravessado por um vergalhão, voltou para casa e reviu seus dois filhos nesta quinta-feira. Apesar de não ter sequelas, ele vai ser acompanhado de perto por equipes de neuropsicólogos e psicólogos. Como o vergalhão perfurou área de cérebro responsável pelas emoções, o operário ainda pode sofrer mudanças de comportamento. Eduardo volta ao Hospital Miguel Couto em 15 dias para nova avaliação. Sua recuperação surpreendeu o diretor da unidade, Luiz Alexandre Essinger, médico há 26 anos.

“Já vi muita coisa, alguns traumas penetrantes no cérebro, mas como esse, não. É o primeiro que sai tão bem. Foi um milagre”, disse.
Deixou hospital andando
Exatamente duas semanas depois do acidente na obra em que trabalhava, em Botafogo, Eduardo deixou nesta quinta o Hospital Miguel Couto, na Gávea. Na despedida, o paciente ‘famoso’ acenou para funcionários da unidade. Ele saiu do hospital andando, assim como entrou. Mas ainda terá acompanhamento médico por pelo menos mais seis meses. O operário era esperado por familiares e não escondia o alívio com o fim da internação.

“É uma alegria muito grande. Sempre acreditei que meu filho iria se salvar. O Senhor salvou meu filho. Agora, ele vai para casa descansar. Estamos aliviados com o fim dessa batalha”, comentou a mãe de Eduardo, a dona de casa Maria Leite da Silva, 56 anos, antes da alta do filho


Maria conta que, num primeiro momento, achou que o acidente não havia sido tão sério. “Achei que não fosse nada grave. Deus deu a vida de volta para o meu filho. Esses dias não foram fáceis, mas no final deu tudo certo”, declarou.

Eduardo foi atingido por uma barra de ferro que estava sendo içada para o quinto andar da obra onde trabalhava. A peça despencou de 15 metros e perfurou o capacete do operário, saindo entre seus olhos. De acordo com os médicos, por três centímetros ele não ficou tetraplégico.

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