Governo vai impedir venda da Rua da Carioca


Estado vai notificar proprietária de sobrados e prefeito promete intervir, se necessário, até com desapropriação.

Todo o lado esquerdo da Rua da Carioca, com seus sobrados tombados pelo Instituto Estadual do Patrimônio Artístico e Cultural, está ameaçado | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia

Rio -  Os governos estadual e municipal se movimentam para impedir a venda em lote de 42 sobrados da Rua da Carioca, no Centro. O Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), que tombou os endereços em 1982 e deveria ter sido informado da intenção de venda pela Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, vai notificar a proprietária. E o prefeito Eduardo Paes informou nesta quinta-feira que, se necessário, vai intervir até com desapropriação dos imóveis. “Imagine se vamos deixar fechar o Bar Luiz!”, afirmou Paes, referindo-se ao comércio de 87 anos.

De acordo com o Inepac, proprietários de imóveis tombados não podem colocá-los à venda sem que o órgão de tombamento seja comunicado. O instituto afirma que, para a transação de compra e venda seja válida, é preciso que constem a autorização do órgão e a recusa do estado em comprar os sobrados. Paes alega ainda que os inquilinos têm prioridade na compra individual dos imóveis.

Há cerca de um mês, a ordem religiosa deu prazo de 30 dias para os comerciantes dos sobrados apresentarem interesse na compra ou deixarem os imóveis. O valor pedido pelo lote foi de R$ 54,850 milhões à vista. A Ordem alega que o dinheiro é necessário para pagar dívidas bancárias, fiscais, tributárias e de previdência, além de dar continuidade às atividades do hospital que coordena. Na lista de estabelecimentos ameaçados de despejo na Rua da Carioca estão locais tradicionais como o Bar Luiz e a loja de instrumentos Guitarra de Prata, que ocupa o imóvel há 125 anos.

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