Freixo agora usa ironia para falar do Carnaval

Candidato a prefeito pelo Psol baixa o tom ao comentar a polêmica do subsídio para as escolas de samba.

Freixo foi a ato contra a demolição do Autódromo de Jacarepaguá | Foto: Divulgação

Rio -  O candidato a prefeito Marcelo Freixo, do Psol, baixou o tom na polêmica sobre o Carnaval ontem, mas não deixou de ironizar a presidenta do Salgueiro, Regina Celi, que no sábado liberou a entrada da comunidade na quadra para um protesto contra o candidato durante ensaio da escola.

“Acho ótimo que o Salgueiro tenha feito um ensaio gratuito. A polêmica serviu para os salgueirenses irem à quadra de graça após muito tempo”, brincou o candidato, em caminhada na Praia de Ipanema.

A polêmica foi criada após Freixo informar, em entrevista na TV, que, caso eleito, a prefeitura deixará de financiar escolas que apresentarem enredos sem uma “contrapartida cultural”, e fez uma referência ao Salgueiro, que em 2013 apresentará o tema “Fama”. Segundo Freixo, o enredo seria a Ilha da Caras, o que enfureceu Regina. “Eleição não é mercado. As vitórias estão no dia a dia, em estar do lado certo do debate, em defesa da saúde, da educação, do Carnaval”, completou o candidato.

O tucano Otavio Leite também fez caminhada ontem, mas na Barra da Tijuca ao lado do senador paranaense Álvaro Dias. Rodrigo Maia (DEM) fez carreata em Santa Cruz.

Cinco mil vão à quadra do Salgueiro

Presente ao protesto realizado na quadra do Salgueiro que reuniu 5 mil pessoas no sábado à noite, o presidente da Mocidade, Paulo Viana, ironizou o projeto de Marcelo Freixo. “Ele está mal assessorado. Como é de Niterói, não sabe que o Carnaval do Rio é diferente, que é transmitido para 180 países. O Carnaval de Niterói é apenas regional”, alfinetou.

Maior campeão de sambas-enredo, com 16 composições na Estação Primeira de Mangueira, Hélio Turco acha que os enredos patrocinados prejudicam as escola de samba.

“Antigamente não havia patrocínio, e vendíamos 3 milhões de discos. Hoje, acaba o Carnaval e joga o samba fora porque não presta”, critica o compositor mangueirense.

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Nota: Temos coisas mais importantes que a Prefeitura deve e precisa patrocinar, saúde, educação, transporte, as várias formas de arte e cultura, sem beneficiar uma camada inexpresiva de pessoas que estão acima da grande maioria da população bem mais carente de recursos. Cabe aos homenageados, bem dotados destes recursos, aplicar na construção dos seus carnavais que reverterá em seus benefícios próprios. Não irão acrescentar em nada com a cultura de um povo sofrido e carente, que recebem deles conceitos irreais e nada comparativos. Nada contra quem pode passar suas férias em outros países, ou na ilha de caras, será que um dia seremos convidados, será que o povão um dia não teve esta vontade, claro que sim, pois o povão gosta de luxo mas, não com seu dinheiro arrecado dos seus impostos. Obrigado.