Acari, Irajá e 11 bairros vizinhos concentram um terço das vítimas de bala perdida


Domingo, dois homens foram feridos ao sair de igreja no Morro da Pedreira, em Costa Barros.

Morro da Pedreira, em Costa Barros, foi o cenário do tiroteio que deixou mais duas vítimas feridas, domingo | Foto: Paulo Araújo / Agência O Dia

POR Flavio Araújo

Rio -  Anderson Barbosa Mota e Geraldo Maximiano dos Santos entrarão nas próximas e já alarmantes estatísticas de balas perdidas na 41ª Área Integrada de Segurança Pública (Aisp). Eles foram baleados no rosto, em Costa Barros, neste domingo. A região concentra um terço dos casos de balas perdidas na cidade no primeiro semestre do ano. A 41ª Aisp abrange também Acari, Anchieta, Barros Filho, Colégio, Guadalupe, Irajá, Pavuna, Ricardo de Albuquerque, Vicente de Carvalho, Vila Kosmos, Vila da Penha e Vista Alegre. Na região, 11 pessoas foram baleadas — uma deles morreu — contra 35 em toda a cidade. No mesmo período do ano passado, não houve nenhum registro. As duas novas vítimas foram atingidas no rosto ao sair de igreja à noite, no Morro da Pedreira. No momento, havia confronto entre PMs e traficantes. Anderson e Geraldo estão internados no Hospital Getúlio Vargas, na Penha, mas não correm risco de morrer.

“Falta treinamento para que o policial só atire com precisão cirúrgica. Além disso, há nova dinâmica da criminalidade do Rio com as UPPs e essa área é complexa”, avaliou o ex-oficial do Bope e especialista em Segurança, Paulo Storani.

Não há previsão de UPP nessa região. Hoje, às 10h, duas novas unidades pacificadoras serão inauguradas no Parque Proletário e na Vila Cruzeiro, na Penha, com 520 policiais militares.

Três mortos em dois anos
Conforme O DIA publicou domingo, somente em uma comunidade de Guadalupe, três crianças foram mortas por balas pedidas em pouco mais de um ano. A última vítima, Yasmin Moura, de seis anos, foi atingida dia 19. A família havia se mudado para Guadalupe em busca de paz, ao fugir da violência na Favela Nova Brasília, no Complexo do Alemão. Segundo moradores, os confrontos entre traficantes rivais são constantes e muitos tiroteios surgem a partir de operações policiais. A PM foi procurada para esclarecer porque os números de balas perdidas subiram tanto na região da 41ª Área Integrada de Segurança Pública, mas não respondeu.

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