domingo, 3 de junho de 2012

Avó de Bruno vive a esperança de ter o neto de volta

Estela aguarda, ansiosa, pelo neto Foto: Fabiano Rocha

Paulo Carvalho

Há quase dois anos, Estela Santana Trigueiro de Souza, de 80 anos, vinha mantendo a rotina de, uma vez por semana, acordar às 5h e preparar um almoço especial. O destino em seguida era sempre a penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Lá, está preso seu neto, o goleiro Bruno, acusado de ser o mandante da morte da modelo Eliza Samúdio. Hoje, a saúde a impede de manter o ritual: Estela não consegue mais subir a ladeira que dá acesso ao presídio.

A notícia de que o neto havia conseguido a condicional num processo do Rio — no qual é acusado de cárcere privado e lesão corporal contra a modelo — e a esperança de um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal dão a Estela a convicção de que em breve poderá servir a Bruno, em casa, seu prato preferido: macarronada.

Tem noites em que nem consigo dormir, e choro pensando nesse dia. Venho aqui na sala e fico olhando para os quadros dele — diz ela.

Morando em uma casa no bairro da Pampulha, presente dado por Bruno, ela, que se intitula “avó e mãe” do jogador, mantém sua idolatria pelo neto nas paredes de casa. São quadros com fotos dele ao lado de jogadores do Flamengo para todo lado.

A família prefere não comentar os episódios que resultaram na prisão de Bruno. Acreditam na inocência do jogador e preferem falar sobre o presente.

O começo foi muito ruim. Os agentes penitenciários o tratavam mal, chamavam de assassino. Hoje, precebemos que eles e os próprios presos passaram a adorar o Bruno — diz Creuza Aparecida das Dores de Souza, tia do goleiro.

http://extra.globo.com

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