Rio+20: PF simula ação terrorista no Centro

Funcionário testa painel com imagens de autoridades, no Riocentro | Foto: Antonio Scorza / AFP

No treinamento, bomba foi desativada por um robô. Dois mil homens farão a segurança no Riocentro, que terá detectores de substâncias radioativas 

POR Flavio Araújo Livia Aragão

Rio - Mais de dois mil homens serão escalados só para a segurança do Riocentro durante a Rio+20, conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável. Haverá portais de raio X, detectores de metais e de substâncias químicas, biológicas e radioativas. De 20 a 22 de junho, o local receberá pelo menos 102 chefes de Estado e delegações de 176 países. Ontem, a Polícia Federal fez simulado de um atentado a bomba a uma autoridade árabe. Um robô foi usado para desarmar o explosivo.

Só no Riocentro haverá 1.200 homens das Forças Armadas, 500 policiais federais, e mais PMs, guardas municipais e bombeiros, além de 100 agentes da ONU. Por lá passarão 38 mil pessoas por dia a partir do dia 13.

A reunião dos chefes de Estado será entre 20 e 22 de junho. Fora dali, a preparação para dar segurança a centenas de autoridades internacionais é intensa. No simulado de ontem, nem todos os agentes envolvidos sabiam que o atentado não era para valer.

No treinamento da PF, uma mala com explosivos foi detonada e o ‘suspeito’, preso, no Batalhão de Choque da Polícia Militar. O alvo era o fictício presidente Davi Aziz Aruk.

Cento e vinte policiais participaram da ‘missão’ por 18 dias, com funcionários dos consulados da Grã-Bretanha, Canadá, Bélgica, Japão, Rússia, FBI norte-americano, Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Interpol. “Essa experiência será repetida em todo o Brasil”, explicou o diretor geral da PF em exercício Paulo de Tarso.

Os preparativos para a Rio+20 no Riocentro estão em ritmo acelerado. A infraestrutura é projetada para suportar o equivalente a uma cidade de 120 mil habitantes. O centro de convenções será adaptado para portadores de deficiência e capaz de permitir 30 mil acessos simultâneos à Internet.

“Trocamos informações com organismos internacionais de segurança e acompanhamos a autoridade e um suspeito durante três dias de estada no Rio. O suspeito foi preso e a bomba detonada com ajuda de um robô”, detalhou o superintendente da PF no Rio, Valmir Lemos.

Segundo ele, nem todos os policiais envolvidos na operação sabiam que se tratava de uma simulação. Os responsáveis por monitorar o suposto terrorista acenderam o alerta vermelho quando ele chega ao Rio e agem quando ele se desloca para o mesmo local do compromisso do presidente estrangeiro, no caso o Batalhão de Choque da PM, no Estácio, que foi cedido pela corporação para o exercício.

De acordo com Valmir, a simulação não afetou a rotina da cidade, o que não ocorreria se a situação fosse real. “A Polícia Federal não escolhe onde tem que agir e, para grandes eventos, agendas públicas, trânsito, hospedagem e aeroportos são fatores que precisam ser levados em conta como dificultadores da segurança, mas estamos preparados”, garantiu.

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