Depois de inaugurar UPP no Alemão, PM ocupa a Penha

Policial brinca com uma criança durante a inauguração da UPP do Alemão, nesta quarta, em Inhaúma | Foto: Severino Silva

Exército começa a deixar morros do Sereno e da Fé para chegada de policiais militares

POR Maria Inez Magalhaes

Rio -  O Complexo do Alemão ganhou ontem a quarta e última Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do conjunto de favelas, fechando definitivamente o cinturão de segurança na área, que já conta com as UPPs Fazendinha, Nova Brasília e Adeus/Baiana.

Com a chegada dos 350 policiais, o Alemão já está sendo patrulhado por 1.230 PMs. Enquanto a sede, que está sendo construída  na estação do teleférico do Alemão, não fica pronta, a base provisória da UPP ficará na Rua Canitar, em Inhaúma, na Zona Norte do Rio.

Nesta quinta, militares do Exército que integram a Força de Pacificação começam a deixar os morros do Sereno e Fé, no Complexo da Penha. Eles serão ocupados pelos batalhões de Operações Especiais (Bope) e de Choque.

A ação da PM vai dar início à implantação das UPPs na área. Juntos, os complexos do Alemão e da Penha terão oito UPPs até o fim de junho. Em 2 de julho, o Comando de Polícia Pacificadora (CPP), que funciona no Quartel-General da Polícia Militar, no Centro, será transferido para o local onde funciona base do Exército numa área da antiga fábrica da Coca-Cola, no Alemão, que deixa o local um dia antes.

A UPP do Alemão, que é a 23ª do estado, vai beneficiar também a comunidade da Pedra do Sapo, num total de 20 mil moradores. Foi lá que os restos mortais do jornalista da TV Globo Tim Lopes foram encontrados há 10 anos.
 
Capitão, que atuou nos Macacos, tem nove anos de PM
A troca de informações com os outros três comandantes das UPPs do Alemão será uma das linhas de trabalho do ‘chefe’ da nova unidade, o capitão Joel Duarte Costa Filho, 30 anos. “Por ser a quarta UPP, o nosso trabalho será mais fácil porque a região já está dominada, e os moradores estão muito receptivos”, avaliou. Há nove anos na PM, ele já ocupou vários postos na corporação, entre eles o de subcomandante da UPP Macacos por um ano e meio.

Mesmo sendo considerado um lugar emblemático, para o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, a UPP do Alemão não tem um significado diferente das outras. “Todo mundo merece paz”. “A gente não pode se expor. Mas está bem melhor agora aqui e acho bom a UPP”, disse moradora que vive há 12 anos no Alemão.
 
Ato lembra morte de jornalista
Sábado, quando a morte de Tim Lopes completará 10 anos, será feita homenagem ao jornalista no campo do Sargento, no Complexo do Alemão. Alunos do Colégio Estadual Tim Lopes, no Alemão, vão estender em um varal, às 6h, 3.650 lenços brancos. O número representa cada dia destes dez anos.

Às 9h, será realizado um culto. A homenagem contará ainda com show do cantor Angelo Lourenço, às 13h.Tim desapareceu em 2 de junho de 2002 na Vila Cruzeiro, Penha, quando fazia uma reportagem sobre baile funk onde crianças e adolescentes se prostituíam.

Tim foi morto a golpes de espadas pelo traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco. Em seguida, o corpo dele foi queimado no ‘microondas’ do alto da Pedra do Sapo. Três meses depois do crime, Elias Maluco foi preso; depois, condenado a 13 anos de prisão.

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