Cabral diz não temer quebra de sigilo da Delta
Foto: Luiz Roberto Lima/Futura Press/AE
Cabral disse que não tem medo de ser convocado pela CPI do Cachoeira
Governador do Rio se irritou com pergunta e disse que a amizade com o ex-dono da Delta não é suficiente para levá-lo à CPI
iG São Paulo
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB), disse na
manhã desta quarta-feira que "não teme" a quebra dos sigilos bancário,
fiscal e telefônico da Delta Construções, aprovada na terça-feira pela
CPI do Cachoeira do Congresso Nacional.
Essa não é a primeira vez que Cabral fala sobre o caso desde 27 de
abril, quando vieram à tona fotos dele em festas em Paris com
secretários estaduais e com o empresário Fernando Cavendish, dono da
Delta e seu amigo pessoal. Sobre a viagem à capital da França, o
governador disse no último dia 10 que serviu "para melhorar a imagem do
Rio lá fora".
Internacionalmente, a cidade tinha uma imagem de decadência, e nós
revertemos isso. Nós trabalhamos desde 2007 para recuperar a imagem do
Estado", disse à época.
A empreiteira já recebeu R$ 1,49 bilhão em contratos com o governo do
Rio durante a gestão Cabral. As fotos das confraternizações em Paris
foram reveladas pelo blog do deputado federal Anthony Garotinho (PR),
adversário de Cabral.
Cabral irritou-se ao ser perguntado por um jornalista se ele temia a quebra do sigilo da Delta.
Cabral disse ainda que não vai se oferecer para ser ouvido na CPI do Cachoeira, como fez o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), nesta terça-feira.
Cabral participou nesta quarta-feira da inauguração da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Alemão, que vai atender cerca de 20 mil moradores dos morros do Alemão e da Pedra do Sapo, na zona norte do Rio.
Cabral irritou-se ao ser perguntado por um jornalista se ele temia a quebra do sigilo da Delta.
"Por que eu temeria? Acho até um desrespeito
da sua parte me perguntar isso. Uma coisa é a relação pessoal que eu
tenho com empresários ou não empresários. Outra coisa é a impessoalidade
da decisão administrativa. Essas ilações são de uma irresponsabilidade
completa, um desrespeito completo com a minha pessoa, com a
administração que a gente vem fazendo aqui, com os meus secretários de
Estado. Porque os secretários partem sempre da premissa e reconhecem a
gestão impessoal que a gente tem feito, da imparcialidade e da autonomia
dos secretários. Eu duvido que algum secretário meu diga: `bom, o
governador um dia ligou para pedir a nomeação de A, B ou C, ou para
influenciar em qualquer decisão administrativa'. Por que eu temeria?".
Cabral disse ainda que não vai se oferecer para ser ouvido na CPI do Cachoeira, como fez o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), nesta terça-feira.
"O governador de Goiás tem as razões dele e eu respeito.
Há 250 mil gravações e meu nome não aparece em nada. Não é o fato de uma
amizade que me levaria a ir em qualquer lugar, mas eu respeito o
governador de Goiás e tenho certeza que ele terá a oportunidade de se
defender".
Cabral participou nesta quarta-feira da inauguração da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Alemão, que vai atender cerca de 20 mil moradores dos morros do Alemão e da Pedra do Sapo, na zona norte do Rio.
Com Agência Estado
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