Mangueira se une contra Ivo

Negociações entre Percival e Raymundo estão em andamento | Foto: Severino Silva / Agência O Dia

Possível acordo entre opositores do atual presidente da Mangueira estaria fechado 

POR Francisco Edson Alves

Rio - A possível união das chapas Levanta Mangueira e Raízes da Mangueira, que, graças à Justiça, obtiveram o direito de concorrer à eleição para a presidência da escola de samba, deverá ser anunciada amanhã. Conforme O DIA antecipou com exclusividade na edição de ontem, entendimentos dos dois grupos, na tentativa de derrotar o atual presidente e candidato à reeleição, Ivo Meirelles, começaram durante protestos na porta da quadra, no sábado, quando a agremiação completou 84 anos.

O juiz da 36ª Vara Cível, Rossidelio Lopes da Fonte, que suspendeu o pleito em favor da Raízes da Mangueira, vai marcar nova eleição.“As principais lideranças (das duas chapas) conversaram muito ontem (anteontem) à noite sobre nova composição. Não tenho objeção nenhuma. Ele (Ivo) extrapolou em todos os sentidos e tem que receber o troco à altura”, afirmou Percival Pires, que hoje vai debater a convergência com os demais integrantes de sua chapa.

Carlos Oliveira, porta-voz da Levanta Mangueira, que tem Raymundo de Castro como postulante a presidente, confirmou o início das negociações. “A união de forças está quase certa. Em nenhum momento as duas chapas de oposição demonstraram animosidade”, observou. Há dias Ivo não comparece à escola, não dá entrevistas e só se pronuncia por meio de seu blog na Internet. “Nada do que tentamos ou fizemos de bom importa para os opositores”, lamentou, em texto postado sábado. Na semana passada, a comissão eleitoral havia impugnado as duas chapas de oposição. Ivo seria aclamado presidente no sábado, mas a liminar da 36ª Vara Cível impediu.

Nas páginas policiais
A tumultuada eleição na Mangueira tem ocupado o noticiário há semanas e já foi parar até nas páginas policiais. A troca de acusações entre candidatos e a suposta interferência de traficantes no processo eleitoral são investigadas pela 17ª DP (São Cristóvão). Ivo Meirelles chegou a acusar o advogado Marcos Oliveira de ter invadido a quadra da escola com traficantes no fim de março para, supostamente, tumultuar e roubar livros de atas eleitorais. “Ele vai ter que provar isso na Justiça”, desafiou Oliveira.

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