Músico é condenado a 14 anos de prisão por morte de jovem no Flamengo

Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia
POR Marcello Victor

Rio - O músico Bruno Kligierman Melo, de 28 anos, foi condenado por maioria do 1º Tribunal do Júri, no início da madrugada desta terça-feira, a 14 anos de prisão pela morte da amiga Bárbara Chamun Calazans Laina, então com 18 anos, em outubro de 2009. Ele estaria sob efeito de crack e é acusado de estrangular a jovem. O pai dele criticou a sentença e disse que a defesa vai recorrer.

"Estou muito abalado com essa história. Não foi feita justiça. Foi feita vingança", disse Luiz Fernando Proa, pai de Bruno. A mãe de Bárbara, Carmen Calazans, não foi encontrada para comentar a sentença.

Bárbara Calazans foi estrangulada na tarde de 24 de outubro de 2009, no apartamento de Bruno, na Rua Ferreira Viana, no Flamengo. Após o crime, Bruno teria ligado para o pai e contado o ocorrido, ameaçando se matar. A PM foi acionada e o músico preso. A jovem vinha tentando demover o músico a parar de consumir drogas. O pai do músico criticou o último laudo emitido pelo Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Heitor Carrilho que, segundo ele, considerou Bruno como normal. O réu cumpre pena há mais de dois anos no Hospital Psiquiátrico Roberto Medreiros, no Complexo Penitenciário de Bangu.

"Se fosse um laudo equilibrado, tudo bem. Mais foi emitido um laudo pernicioso, incriminatório. Não deram nem direito a dúvida do resultado", criticou.

Luiz Fernando Proa teme que o filho seja transferido para o sistema penitenciário comum, não suporte as mazelas e tente até o suicídio. "Um louco não se adaptapria a esse sistema carcerário violento. O único lugar no sistema da Seap que ele sobreviveria é no Roberto de Medeiros", afirmou.

Ainda de acordo com Proa, a defesa vinha lutando pela imputabilidade penal do músico, que não teria condições de entender o crime que estava praticando. O pai disse que anexou provas de que o filho era dependente químico, fazia uso de medicamentos de controle de distúrbios psiquiátricos antes da morte de Bárbara e que os mesmos continuaram a ser administrados como parte do tratamento após o crime.

http://odia.ig.com.br

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mal silencioso: Veja 10 mandamentos para enfrentar a hipertensão

29 de janeiro de 1975: O assassinato do Bandido Lúcio Flávio