Mais de 30 pessoas são assaltadas no acesso à Pedra da Gávea

Vítimas prestam depoimento na 16ª DP | Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia

POR Vania Cunha

Rio - Mais de 30 pessoas que faziam caminhada e praticavam esportes na Pedra da Gávea foram assaltadas no início da manhã deste domingo. Pelo menos três bandidos — um deles armado com pistola — roubaram dinheiro, objetos pessoais, câmeras fotográficas e mochilas de vários grupos que andavam pelas trilhas. O assaltante chegou a fazer disparos para assustar as vítimas e contra um policial da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), que também se exercitava no local. Policiais civis e militares fizeram buscas na mata, inclusive com helicóptero, mas os bandidos não foram localizados. As vítimas acreditam que os assaltantes sejam da Rocinha, que fica próxima ao local. Passava das 7h quando os criminosos renderam o primeiro grupo, que dormiu na Pedra da Gávea para fotografar o nascer do sol. “Eles gritaram: ‘Acabou a festa, playboyzada’. Roubaram tudo o que tínhamos e ainda assaltaram o grupo que estava em outra pedra. Ficaram agressivos, ouvimos pelo menos sete tiros, que davam para o alto, e deram tapa na cara de um rapaz”, contou uma das vítimas, morador de Laranjeiras. Entre os grupos não havia turistas.

“Eles só largaram a minha camisa do Fluminense. Pedi que deixassem o tênis para eu descer a pedra, mas um dos bandidos disse que levaria para a mulher dele e que ‘alguém seria cavalheiro o suficiente para me emprestar um calçado’”, contou Martha Maximiano, de 21 anos.

Os assaltantes ainda roubaram outras pessoas no percurso de descida, em trilha que dá acesso a condomínio na Barrinha. O investigador Gabriel Lott, que havia saído do serviço e faria base-jumping na pedra, ouviu os gritos e correu para o local. Ele se deparou com os ladrões, que atiraram em sua direção e fugiram levando um rapaz. O policial ainda fez um disparo para o chão, na tentativa de detê-los, mas eles escaparam. Outras pessoas foram levadas pelos criminosos, mas libertadas no caminho.

Fuga e perseguição na mata
O policial pediu reforço pelo rádio e policiais da Core, do Batalhão de Operações Especiais e do 23º BPM (Leblon) seguiram para o local. “Ouvi os gritos das pessoas e de alguém, que exigia: ‘Me dá a mochila’. Segui algumas trilhas de carro para tentar localizá-los e encontramos outras vítimas”, contou Gabriel.

Adilson Júnior, 23, ficou ferido ao tentar se refugiar na mata após o roubo. “Um deles apontou a arma para mim e ameaçou atirar porque não entreguei meu rádio. Fugimos para a mata e encontramos os bandidos sentados, fumando e mexendo nos objetos roubados. Eles ainda nos mandaram seguir uma trilha, onde ficamos perdidos por mais de duas horas”, relatou.

Em nota, a secretaria de Segurança informou que a segurança da Floresta da Tijuca é de competência federal por ser parque ambiental.
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