Farc anunciam fim de sequestros e libertação dos últimos reféns

Na mesma declaração, as Farc disseram ter aceitado libertar os dez militares e policiais que mantêm cativos. (Foto divulgação)

Na mesma declaração, as Farc disseram ter aceitado libertar os dez militares e policiais que mantêm cativos, e não só os seis que tinha comunicado previamente
AGÊNCIA EFE

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciaram neste domingo (26) o fim da prática de sequestros e a libertação de maneira conjunta dos dez militares e policiais que seguem em seu poder como reféns. Os anúncios aparecem em uma declaração pública que o Secretariado do Estado-Maior Central do grupo rebelde divulgou nas "montanhas da Colômbia" e em seu site.

"Anunciamos que a partir da data banimos a prática de sequestros em nossa atuação revolucionária", informaram as Farc, que disseram que a decisão obriga a guerrilha a abolir uma "lei" do grupo rebelde de 2000 sobre seu financiamento com o sequestro de civis. O fim do sequestro como arma política era uma das antigas reivindicações da ONG Colombianos e Colombianas pela Paz (CCP), liderada pela ex-congressista Piedad Córdoba. Há três anos, Piedad e a CCP mantêm negociações com as Farc, que já permitiram a libertação de maneira unilateral de 20 rebeldes e, agora, os dois compromissos finais deles sobre os sequestros.

Na mesma declaração, as Farc disseram ter aceitado libertar os dez militares e policiais que mantêm cativos, e não só os seis que tinha comunicado previamente. Os militares e policiais, todos eles em cativeiro há mais de 12 anos, são os últimos reféns remanescentes das Farc, que chegaram a manter mais de 50 políticos, militares, policiais e três americanos, que pretendiam trocar sem sucesso por 500 rebeldes presos.

Os reféns a serem libertados são os militares Luis Alfonso Beltrán Franco, Luis Arturo Arcía, Robinson Salcedo Guarín e Luis Alfredo Moreno Chagüeza, e os policiais Carlos José Duarte, César Augusto Lasso Monsalve, Jorge Trujillo Solarte, Jorge Humberto Romero, José Libardo Forero e Wilson Rojas Medina. Todos eles são membros das forças armadas ou de segurança da Colômbia sequestrados em ações realizadas entre 1998 e 1999, nos piores anos da atividade das Farc, guerrilha ativa desde 1964.

Na lista de reféns, também aparece Luis Eduardo Peña, subcomissário da Polícia Nacional, de quem se desconhece se continua vivo, pois tanto as Farc como a ex-congressista Piedad Córdoba insinuaram que ele teria morrido em cativeiro.

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