AI – 5 da Copa de 2014

Operários da reforma do Maracanã, comandada pela Delta, na greve do ano passado, quando denunciaram o não cumprimento de cláusulas trabalhistas

Do Blog do Garotinho

Com todo o respeito que tenho pelo senador Marcelo Crivella (PRB – RJ), com quem tenho uma boa relação, mas não posso concordar com o projeto que ele apresentou no Senado, que as centrais sindicais apelidaram de “AI – 5 da Copa”. Pelo projeto do senador, três meses antes da Copa e até ao final da competição seria proibido o direito de greve a todas as categorias envolvidas com a Copa do Mundo, entre elas, trabalhadores da construção civil, do setor de transportes e da área de turismo. A alegação é de que daria mais segurança à Copa.

senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) claudiohumberto.com.br/Divulgação.

Além de ser inconstitucional e um retrocesso, porque os trabalhadores têm direito à greve, dá para imaginar o que pode acontecer levando em consideração a realidade brasileira. Todos sabem que as obras de infra-estrutura e de reforma dos estádios serão atrasadas ao máximo, a fim de permitirem os famosos aditivos de urgência. Com isso a conclusão das obras será no limite, às vésperas da Copa, na base de turnos extras de operários, do corre-corre. Os coitados dos operários da construção civil iriam “comer o pão que o diabo amassou”, como se diz popularmente. 

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