Parentes de vítimas acompanham trabalho de bombeiros em depósito da Comlurb

Curiosos observam local do desabamento na Avenida Treze de Maio | Foto: Severino Silva / Agência O Dia

Rio - Representantes da Associação das Vítimas da Treze de Maio acompanham o trabalho dos bombeiros nesta terça-feira no depósito da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A recém-criada entidade teve garantida sua presença no local por medida judicial. O grupo de advogados que fundou a associação mantinha um escritório no 13º andar do Edifício Liberdade, que ao desabar, pôs abaixo também mais dois prédios. 

Na noite desta segunda-feira, mais dois corpos, dos 17 resgatados, foram identificados pela Polícia Civil. Os corpos são de Daniel de Souza Amaral, de 26 anos, sepultado nesta terça, e Miriene Lopes dos Santos, de 66 anos. Os bombeiros continuam vasculhando a montanha de entulhos com o auxilio de máquinas e cães farejadores. A todo momento, o trabalho das retroescavadeiras é interrompido para que os animais façam a procura por possíveis vítimas. Na manhã desta terça-feira, a advogada Ildenia Castro, que trabalhava em um escritório de contabilidade do Edifício Colombo, este no depósito da Comlurb buscando informações com a Defesa Civil para reaver pertences. Ela recebeu explicações sobre os procedimentos adotados pela prefeitura, em conjunto com o governo do estado, para separação dos documentos e objetos de interesse das pessoas e empresas que tiveram perdas materiais no desabamento. 

Sob clima de muita comoção, o corpo do analista de sistemas Daniel de Souza, de 26 anos, uma das vítima do desabamento de três prédios na última quarta-feira, foi sepultado nesta terça no Cemitério do Maruí, em Niterói, na Região Metropolitana. Cerca de 100 pessoas, entre amigos e parentes, acompanharam o cortejo. A mãe de Daniel passou mal durante o enterro e precisou ser amparada. Daniel era casado há pouco mais de um mês. "A gente não esperava. Minha mãe está a base de remédios", disse Daniele, irmã da vítima. Daniel, segundo familares, fazia hora-extra porque trabalhava em um projeto com outros colegas. 

Uma empresa de engenharia contratada pelo prefeitura vai realizar a retirada do reboco do prédio vizinho ao edifício Liberdade, um dos três que desabou na última quarta-feira, no Centro. O trabalho, segundo o engenheiro Manoel Jorge Dias, especialista em implosão, será feito manualmente por funcionários com auxílio de uma plataforma. "A prefeitura contratou uma empresa especializada em fazer escoramentos e retirada dos escombros que ainda estão pendurados. Essa empresa também vai auxiliar o trabalho do Corpo de Bombeiros, para acessar locais que ainda não foram acessados, como o prisma de ventilação de aproximadamente 12 metros, onde possivelmente há pessoas”, disse o subsecretário de Defesa Civil, Márcio Motta. 

.http://odia.ig.com.br

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mal silencioso: Veja 10 mandamentos para enfrentar a hipertensão

29 de janeiro de 1975: O assassinato do Bandido Lúcio Flávio