Medição dupla reduz riscos

Foto: Banco de imagens/Divulgação.

Estudo sugere verificação da pressão arterial nos dois braços como procedimento padrão

POR Gislandia Governo

Rio - A medição da pressão arterial nos dois braços deveria ser regra, segundo estudo da University of Exeter Peninsula College of Medicine and Dentistry, na Inglaterra. Em uma análise, especialistas descobriram que diferenças no exame detectadas em cada um dos braços podem ser um indicador útil da probabilidade de risco vascular e até mesmo de morte. A pesquisa, segundo seus realizadores, encontrou evidências para sugerir que uma diferença de 15mmHg — milímetros de mercúrio — ou mais estava associada ao maior risco de doença vascular periférica (estreitamento e endurecimento das artérias que levam sangue a pernas e pés), doença cerebrovascular preexistente (afetando o suprimento de sangue para o cérebro) e mortalidade, como resultado de problemas cardiovasculares, em geral.

A conclusão do estudo, publicado na revista ‘Lancet’, reforça os argumentos dos médicos que defendem a verificação da pressão sanguínea dos dois braços como procedimento padrão. A cardiologista Andrea Brandão, da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj), defende o método:

Segundo ela, mesmo quando é detectada diferença pequena entre um braço e outro, geralmente escolhe-se aquele com maior pressão. “Esse procedimento deve ser realizado na primeira consulta do paciente ou uma vez por ano, para detectar exatamente se há diferença grande nos dois braços, verificar a causa, tratamentos e buscar localizar outras doenças vasculares que possam não ter sido verificadas”, explica.

A cardiologista destaca que a pressão arterial é considerada alta quando maior ou igual a 140 por 90. “A hipertensão está ligada à maioria dos casos de derrame e de infartos. Daí a importância de verificar a pressão regularmente. O ideal mesmo é mantê-la abaixo de 130 por 85”.

Exame pelo menos uma vez ao ano

A cardiologista Andrea Brandão recomenda a medição da pressão pelo menos uma vez ao ano. Um dos grandes riscos da pressão alta é o fato de geralmente não apresentar sintomas típicos. “Quem não tem o costume de avaliá-la pode ser hipertenso sem saber. Por isso, esse exame tão simples deve ser realizado”, diz.

Idoso, obesos, diabéticos, fumantes ou quem tem hipertensão na família devem fazer o exame com regularidade maior. Além disso, abuso do sal na alimentação, falta de atividade física, excesso de ganho de peso e consumo de álcool são fatores para a elevação da pressão.

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