Casa Civil demite mais um assessor de Negromonte

Foto: AE  Negromonte e o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), um dos poucos que ainda o apoiam no Ministério 

Assessor parlamentar das Cidades é exonerado. PP tenta definir esta semana um nome para substituir o ministro Adriano Ceolin.

iG Brasília

A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, demitiu hoje mais um assessor de confiança do ministro das Cidades, Mário Negromonte, que está com o cargo em risco por causa de uma série de problemas administrativos e políticos na pasta. O PP tenta definir esta semana um nome para subsituir Negromonte. 

O Diário Oficial da União desta segunda-feira trouxe a exoneração do assessor parlamentar do Ministério das Cidades, João Ubaldo Coelho Dantas. Ele foi demitido cinco dias após a exoneração do chefe-de-gabinete das Cidades, Cássio Peixoto. O chefe de gabinete de Negromonte deixou a pasta após uma série de denúncias que envolveram seu nome. Assessores das Cidades afirmam que ele não teria aguentado a pressão. Segundo o iG apurou, o caso de Ubaldo é parecido. Como são funcionários de segundo escalão, a exoneração é assinada pela ministra-chefe da Casa Civil. Peixoto e Coelho Dantas são ligados politicamente ao grupo de Negromonte na Bahia. Segundo o iG apurou, o ministro desgastou-se politicamente e administrativamente porque só colocou afilhados políticos na pasta que comanda desde janeiro de 2011. 

No Palácio do Planalto, a gestão de Negromonte é mal avaliada. Não tem projetos específicos e tem dificuldade de executar o Orçamento. No Congresso, o ministro passou a somar inimigos dentro nas bancadas da Câmara e do Senado, porque só nomeou amigos no Ministério. O próximo a cair é o secretário-executivo da pasta, Roberto Muniz. Como Peixoto e Coelho Dantas, ele também é aliado político de Negromonte na Bahia. No entanto, tem mais força política. Ex-deputado estadual, Muniz é suplente do senador Walter Pinheiro (PT-BA). O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), é um dos poucos nomes do partido que ainda tenta apoiar a permanência de Negromonte nas Cidades. No entanto, ele cobra o apoio do PP para a candidatura de Nelson Pellegrino à prefeitura de Salvador. 

Situação difícil Na semana passada, a saída de Muniz começou a ser articulada como estratégia para tentar fazer com que Negromonte permaneça nas Cidades. No lugar do aliado político, o ministro aceitaria um secretário-executivo indicado pelo Palácio do Planalto. O problema é que a bancada do PP, sobretudo da Câmara, não aceita mais Negromonte à frente da pasta. Há três semanas, o líder da bancada do PP na Câmara, Agnaldo Ribeiro (PB), levou ao Planalto uma lista com cinco nomes como opções para substituir Negromonte. Contudo, assessores palacianos avaliam que o próprio Agnaldo é a melhor opção, já que comanda a bancada e tem o apoio do restante do partido. O presidente do PP, o senador Francisco Dornelles (RJ), já teria sido consultado. Ele afirmou a assessores que a decisão cabe à presidenta Dilma Rousseff. 

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