ONG de Ronaldinho ignora prazo da Câmara

O prazo para a entrega dos documentos expirou no fim da tarde de ontem / Agência Estado

Presidente da Comissão de Educação da Câmara critica demora e ‘falta de compromisso’

Do Metro Porto Alegre noticias@band.com.br

Apesar da pressão pública e do pedido dos vereadores, o IRG (Instituto Ronaldinho Gaúcho) não entregou os documentos que poderiam comprovar, de acordo com seu advogado, Sérgio Queiroz, a lisura dos contratos do IRG nos convênios com a prefeitura. O pedido da Comissão de Educação da Câmara ocorreu na última semana. O prazo, de cinco dias úteis, expirou no fim da tarde dessa terça-feira. O presidente da Comissão, Professor Garcia (PMDB), se mostrou preocupado com a situação. “Isso mostra uma falta de compromisso deles, que já poderiam ter entregue os documentos no meu gabinete ou dos colegas”, comentou o vereador. O autor da proposta de CPI para investigar o repasse de verbas ao instituto, Mauro Pinheiro (PT), afirmou que já esperava essa atitude.“Nada tem transparência. Demos cinco dias. Tudo parece normal para eles”, criticou.

Reunião na terça

Sem compromisso ou não, o presidente da comissão confirmou a presença de todos os envolvidos nos convênios do IRG com a prefeitura e Ministério da Justiça na próxima terça-feira, na Câmara.

“Já conversamos com os representantes do IRG, do Instituto Nacional América e das empresas que prestaram serviços (Restaurante Biscaia e Atacado Marona, ambos na zona sul). Todos confirmaram”, disse Garcia.

Ainda serão ouvidos na mesma sessão a secretária municipal de Educação, Cleci Jurach, e o secretário de Coordenação Política e Governança Local, Cézar Busatto. Na semana passada eles já foram ouvidos na Câmara. A gerente administrativa do Atacado Marona, que não quis se identificar, confirmou que a empresa realizou negócios com o IRG. O Instituto Nacional América afirmou que ainda não foi notificado.

Instituto América desabafa

“Em termos de imagem, nos arrependemos da relação com o IRG”, reconheceu Armênio de Oliveira dos Santos, advogado e único representante do Instituto Nacional América apto a falar pela ONG. O desabafo se deu depois que a ligação da com o IRG passou a comprometer os novos projetos. Atualmente, são mais de 30 contratos, em que a ONG funciona principalmente como agente integrador de estágios em universidades como a Sogipa, Univates e Unipampa.

Armênio também refutou a informação de que haveria irregularidade em uma licitação com o MEC, firmada em 31 de março deste ano. “Vencemos uma licitação, mas desistimos e não recebemos nada. São apenas calúnias”, disse.

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