Rio Parada Funk reúne milhares no Centro da cidade

Rio Parada Funk reúne fãs do tema no Centro do Rio (Foto: Marcela Beaklini/G1)

Segundo organizadores, 5 mil pessoas estiveram no Largo da Carioca. Dez pequenos palcos foram montados para o Rio Parada Funk.

Marcela Beaklini Do G1 RJ

O Rio Parada Funk, que conta a história do gênero musical, reuniu, segundo os organizadores, cerca de 5 mil pessoas na tarde deste domingo (30) no Largo da Carioca, no Centro da cidade. Dez palcos  montados na Rua da Carioca, onde equipes de som se apresentaram, e também um palco principal no Largo da Carioca. O evento foi até as 20h.

A ideia é englobar a história do funk desde os anos 70, quando surgiram os bailes black e as primeiras equipes de som até os dias atuais. A previsão é que 50 DJs e 40 MCs se encontrassem no local. Duas exposições, oficinas de ritmo de capoeira e funk, e de grafite também foram montadas na Carioca.

DJ defende o funk

O DJ Malboro foi prestigiar o evento. “Acho legal. É mais um evento que vem mostrar que o funk faz parte do movimento cultural. A gente passou muito perrengue. Eu mesmo, em 86, tinha uma amigo que tinha uma Brasília e colocávamos uma caixa de som em cima do carro e a gente ficava meio que fugindo da polícia. A gente botava o som num lugar, juntava gente e a polícia mandava tirar. A gente era meio perseguido. Agora, a gente vê aqui no Lago da Carioca tudo montado. É uma prova de como tudo mudou".

Segundo ele, o que aconteceu com o funk foi semelhante ao que houve com o samba no início do século XX . “Com certeza aconteceu com o chorinho, com o tango, com todas as músicas que foram ‘demonizadas’, antes de serem reconhecidas. Então é natural as pessoas reconhecerem uma cultura que não é fabricada, vem da população, do povo. Já está acontecendo de muitos gringos virem para o Brasil para ver o funk. Na Copa, nas Olimpíadas, vai ter muita gente procurando o funk”.

O administrador Jorge Luiz Ladeira Peres, de 55 anos, levou os filhos para o evento. “Eles gostam. Eu não sou muito chegado. Trouxe as crianças para se divertirem mesmo, passar o dia em família em um ambiente muito mais saudável do que a noite", explica.

O filho de Jorge Luiz, Lucas Rafael, de 11 anos, disse que gosta do MC Marcinho, porque ele fala das pessoas, da desigualdade, do ritmo e rimas. Para o MC Leonardo, presidente da associação dos profissionais e amigos do funk, é importante não ter preconceito. “Fazer esse evento no Centro do Rio é fundamental para poder apresentar o funk, já que o funk não está nas prateleiras".

http://g1.globo.com

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