Dilma quer resolver os problemas da Copa diretamente com a Fifa. Se livrar do intermediário investigado pela Polícia Federal: Ricardo Teixeira…


Dilma Rousseff não quer apenas evitar Ricardo Teixeira nos eventos da Copa. A presidente quer eliminar a intermediária, a CBF.

Grudar de vez em Pelé publicamente. E combinar tudo sobre o Mundial de forma direta com a Fifa.

Regulamentar a Lei da Copa será o primeiro passo. Mostrará boa vontade. Dilma entendeu que comprar briga com a entidade não levará a nada. E deve ceder em várias leis que regem o futebol no Brasil.

A meia-entrada para estudantes e idosos não vai valer para jogos do Mundial. Para facilitar a locomoção, os dias de partidas serão feriados nas sedes. Irá para cadeia quem piratear produtos da Copa. Será possível consumir cerveja nos estádios durante o Mundial.

Em compensação, o governo quer que as emissoras sem o direito da Copa possam mostrar 3% dos jogos. Ou seja: basicamente os gols.

Na África do Sul, isso era proibido. As emissoras que não compraram os direitos não mostravam nem os gols da Copa no mesmo dia. E, além disso, a presidente deseja uma figura importante da Fifa para acompanhar a construção dos estádios. Não Ricardo Teixeira.

O desejo é que essa pessoa seja o secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke. Ao contrário do que saiu publicado, a presidente não quer a aproximação com a CBF. Ainda mais depois de o procurador da República Marcelo Freire remeter um ofício à Polícia Federal do Rio. A PF deve investigar se Ricardo Teixeira enviou dinheiro irregularmente ao Brasil.

Ainda a denúncia Andrew Jennings, da BBC de Londres. O dinheiro supostamente enviado ao país teria sido recebido por Teixeira como suborno. Por parte da empresa de marketing ISL. Para garantir que ela tivesse o direito de transmissão de TV de Copas do Mundo. Teixeira teria recebido, na década de 90, cerca de R$ 9,5 milhões. Esse dinheiro chegaria a ele pela empresa Sanud, que pertencia ao irmão do presidente.

O Ministério Público suíço teria investigado essa transação envolvendo a ISL. Dirigentes da Fifa teriam sido obrigados a devolver cerca de R$ 200 milhões que receberam da empresa. Teixeira, inclusive. Mas, para a Polícia Federal, o que interessa é como esse dinheiro teria chegado ao Brasil. De acordo com as denúncias, a Sanud transferiu o dinheiro para a RLJ Participações. O principal sócio da empresa é Ricardo Teixeira. A alegação é que esse dinheiro teria sido emprestado. Entretanto esse empréstimo nunca foi amortizado.

A RLJ nunca apresentou potencial para poder pagar esta dívida. Para o procurador, a negociação seria "lavagem" de dinheiro ilegal e não declarado à Receita Federal.

Dilma não quer proximidade com Ricardo enquanto deverá ocorrer a investigação da PF. Lógico que a Fifa não quer desmoralizar o presidente da CBF. E se nega, por enquanto, a deixar Valcke tratar dos problemas brasileiros. Até faz fita e sugere que poderia tirar o Mundial do país... Pura balela.

A crise mundial é uma enorme aliada da presidente brasileira... País algum assumiria a Copa de 2014 faltando menos de três anos. A situação de Ricardo Teixeira é mais do que desconfortável. E pode piorar, dependendo do que apurar a Polícia Federal carioca...

esportes.r7.com/blogs/cosme-rimoli

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