domingo, 18 de setembro de 2011

Dilma chega a NY; presidente quer incluir redução da pobreza e ambiente na agenda mundial

Roberto Stuckert Filho/Presidência da República - Presidente Dilma Rousseff, acompanhada do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, recebe cumprimentos no Hotel Waldorf Astória ao chegar em Nova York

Dilma desembarcou no Aeroporto John F. Kennedy na manhã deste domingo
Da Agência Brasil

A presidente Dilma Rousseff aproveitará a viagem a Nova York – que começa neste domingo (18) e vai até quinta-feira (22) - para colocar em discussão temas que considera fundamentais para a pauta internacional. Dilma desembarcou no Aeroporto John F. Kennedy na manhã deste domingo.

Reunião acontece em momento de crise econômica e conflitos armados

Nas conversas que terá com os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama; da França, Nicolas Sarkozy; do México, Felipe Calderón; e da Nigéria, Goodluck Jonathan; assim como com o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron, Dilma deve defender medidas comuns de combate à desigualdade social, com políticas de inclusão, apontando os programas de transferência de renda do Brasil como alternativa.

A presidente também mencionará a Conferência Rio+20, que será realizada de 28 de maio a 6 de junho de 2012, no Rio de Janeiro. Dilma destacará o fato que será a maior conferência mundial sobre preservação ambiental, desenvolvimento sustentável e economia verde, definindo um novo padrão para o setor. A previsão é reunir mais de 100 líderes mundiais.

Até as vésperas de viajar, a presidente estudava a possibilidade de detalhar a decisão no Brasil de criar a Comissão da Verdade – que se destina a investigar os crimes ocorridos no país no período da ditadura (1964-1985). Não está definido se Dilma mencionará a questão sobre o acesso a documentos sigilosos, prevista no Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH), e que divide opiniões no Executivo e Legislativo.

Dilma quer aproveitar as conversas, em Nova York, para defender a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Para o governo brasileiro, o órgão não reflete o mundo atual, pois mantém a estrutura dos anos após a 2ª Guerra Mundial – com 15 membros, cinco permanentes e dez rotativos.

Os membros permanentes do conselho são a China, França, Rússia, o Reino Unido e os Estados Unidos. Os assentos rotativos estão ocupados pela Bósnia-Herzegovina, Alemanha, por Portugal, pelo Brasil, pela Índia, África do Sul, Colômbia, pelo Líbano, pelo Gabão e pela Nigéria. O mandato de alguns desses países, como o Brasil, acaba em dezembro.

Dilma e o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, participarão ainda das reuniões bilaterais com chanceleres do Brics – bloco formado pelo Brasil, pela Rússia, Índia, China e África do Sul – e do G4, integrado pelo Brasil, pela Alemanha, Índia e Japão, países que defendem a ampliação dos assentos no Conselho de Segurança e querem ter um lugar permanente no órgão.

A presidente está em Nova York acompanhada por cinco ministros, o das Relações Exteriores; o da Saúde, Alexandre Padilha; o do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel; o do Esporte, Orlando Silva, e a da Comunicação Social da Presidência da República, Helena Chagas.

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