4 de setembro de 1969 - O sequestro do Embaixador americano

O embaixador americano Charles Burke Elbrick, em foto de 1969. Foto: Arquivo/AE

Por: Lucyanne Mano

No início da tarde daquela quinta-feira, um grupo de jovens, formado por militantes dos movimentos clandestinos MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro) e ALN (Ação Libertadora Nacional), protagonizou um dos mais ousados momentos da história da resistência contra a ditadura militar: o seqüestro do embaixador americano Charles Elbrick. Sua captura foi premeditada para que o seu resgate fosse negociado em troca da libertação de 15 presos políticos.

A operação aconteceu em Botafogo, quando o carro do diplomata foi interceptado no percurso entre a sua residência oficial e a sede da embaixada, no Centro. De lá foi levado para um casarão na Rua Barão de Petrópolis, onde permaneceu detido.


Pressionado, o governo brasileiro aceitou as condições impostas pelo grupo, frisando que a iniciativa visava impedir o sacrifício da personalidade americana.

Durante a operação, a equipe do JB recebeu telefonemas anônimos que orientavam a respeito da localização de cartas do embaixador escritas para a sua esposa, e de instruções dos seqüestradores a respeito da negociação da troca: a lista com o nome dos presos de interesse, as garantias de proteção ao embaixador.


No dia 8, conforme garantido pelos seqüestradores, o Sr. Elbrick foi libertado na Tijuca após a confirmação de que os exilados haviam chegado ao México.

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